Responsáveis por pouco mais de dois terços do volume e da receita cambial do setor, os cortes impediram que as exportações de carne de frango de 2018 apresentassem resultados negativos mais incisivos, pois mantiveram o mesmo volume de 2017 (incremento de 0,32%).
Mas não só isso, pois, a despeito do pequeno adicional registrado – perto de 9 mil toneladas a mais – alcançaram o maior volume da história do setor, superando os 2,7 milhões de toneladas de 2017.
Em termos de volume os cortes foram exceção à regra, pois os outros três itens exportados fecharam 2018 com queda no volume embarcado. Os industrializados e a carne salgada sofreram reduções superiores a 30%. A do frango inteiro foi menor, de 11%, mas com significado bem mais amplo, pois o volume a menos (137 mil toneladas) representou mais de 60% da queda total registrada (comparativamente ao total exportado em 2017, 221 mil toneladas a menos).
Já no tocante aos preços médios alcançados, um fato curioso: os dois itens com maior queda de volume no ano foram os únicos a alcançar preço médio superior ao de 2017. O preço médio dos industrializados valorizou-se 5,62%; e o da carne de frango salgada – cujos embarques foram afetados pelo embargo europeu a duas dezenas de frigoríficos brasileiros – experimentou alta de mais de 16%, registrando o melhor desempenho dos últimos quatro anos.
O produto in natura não teve a mesma sorte: o preço médio do frango inteiro sofreu baixa de 4,20% e o dos cortes de, praticamente, 5%. Mas como o volume de cortes embarcados apresentou ligeira alta, o efeito sobre a receita cambial foi menor, com queda de 4,67%. Já a queda de receita dos demais itens foi mais significativa: de quase 15% no frango inteiro; de 27% nos industrializados; e de 22,50% na carne salgada.
Fonte: Avisite