Informações detalhadas sobre a raça holandesa permitem controle e segurança genética dos animais
A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) destaca a importância da realização por parte dos criadores do registro de seus animais. Além de arquivar a genealogia do indivíduo por várias gerações, permitindo acasalamentos corretivos, também possibilita o acompanhamento do controle leiteiro e a classificação morfológica. Conforme a entidade, estes são elementos fundamentais para selecionar o rebanho, reproduzindo e melhorando os animais bons, ao mesmo tempo em que são eliminados aos poucos os problemáticos.
O presidente da Gadolando, Marcos Tang, afirma que quanto mais sócios e registros da raça a entidade tiver, maior será a sua representação sócio-política, falando a língua do criador e fortalecendo as suas reivindicações. Em 2019, houve um aumento de 4,6% em relação à 2018, com 7,21 mil animais registrados. “Registro não é só para participar de feiras, isentar de ICMS nas transações comerciais ou receber uma melhor indenização em caso de abate sanitário, mas, antes de tudo, participar de uma associação de criadores que busca o aprimoramento da raça e também se conectar oficialmente aos demais criadores do país e do mundo”, observa o dirigente.
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Para Yago Machado, técnico da Gadolando, o Serviço de Registro Genealógico, oferecido exclusivamente pelas Associações de Gado Holandês dos estados, permite, principalmente, o controle e a segurança genética dos animais. Salienta que o ato de registrar possibilita ainda o controle de produção, assim como índices que classificam os animais quanto a sua conformação. “A vantagem dos registros é expressa em diferentes frentes: Melhoramento Genético e Gestão de Rebanho. O registro não serve somente para a participação em feiras, a sequência de trabalho do produtor em relação aos registros, ao controle leiteiro e na classificação morfológica dos seus animais, permite avanços na produção”, coloca, destacando que a ação também permite à cadeia leiteira expor animais de alto valor agregado e potencial produtivo, assim como segurança ao produtor na hora da venda ou compra de animais registrados.
O superintendente técnico da Gadolando, José Luiz Rigon, ressalta que entre os principais objetivos para fazer o registro genealógico estão a verificação e assentamento das informações zootécnicas da raça, para assegurar a perfeita identidade dos animais, e manter o Herd Book (Livro da Raça), habilitando e credenciando os técnicos. “Os técnicos estão habilitados a promover auditorias no rebanho para uniformidade de critérios e cumprimento das normas estabelecidas no regulamento”, explica Rigon, lembrando que para o cumprimento de seus objetivos, o serviço de registro genealógico exercerá o controle de cobrições, gestações e nascimentos, com prazos estabelecidos no regulamento, assim como nomes, afixos, grau de sangue e identificação através de fotografia.
Por Rejane Costa/AgroEffective
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz
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