A Rússia, maior exportadora mundial de trigo, só atenderá seu mercado interno quando sua cota de exportação de grãos, fixada em 7 milhões de toneladas de abril a junho, estiver esgotada, o que pode acontecer em meados de maio ou mais cedo, disse a vice-ministra russa da Agricultura, Oksana Lut
A Rússia proibiu totalmente as exportações de trigo em 2010, quando a seca atingiu sua colheita, abalando os mercados globais. Turquia, Egito e Bangladesh são os maiores compradores de trigo russo.
“Tendo em vista que as exportações estão a 1 milhão de toneladas (de grãos) por semana, entendemos que até meados de maio ou talvez até mais cedo a cota estará esgotada”, disse Lut.
“Só o mercado interno permanecerá depois disso”, disse ela na sexta-feira, acrescentando que o Ministério da Agricultura poderia manter o mecanismo de cota de exportação de grãos na nova temporada de comercialização 2020/21, que começa em 1º de julho.
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Para conservar suprimentos para o mercado interno durante o surto de coronavírus, a Rússia, juntamente com vários países vizinhos, que são grandes exportadores de trigo através do Mar Negro, limitaram as exportações de grãos no início de abril.
Esses movimentos levaram a um número menor do que o habitual de fornecedores em uma licitação pelo comprador estatal de grãos do Egito na quinta-feira, já que alguns comerciantes não apresentaram ofertas devido a temores sobre possíveis proibições de exportação na região do Mar Negro.
A Rússia estabeleceu a cota para exportações de grãos em 7 milhões de toneladas para o período de abril a junho. Embora o montante esteja aproximadamente em linha com o que o país deva enviar nesse período, um sistema online da Rússia mostrou que até sexta-feira apenas 4,2 milhões de toneladas de grãos permaneceram disponíveis para exportação da cota.
Os agricultores russos têm vendido grãos aos exportadores de forma mais ativa nas últimas semanas, à medida que os preços globais subiram com a decisão da Rússia de limitar as exportações e outros fatores, disse Lut.
No entanto, esse processo logo diminuirá, pois os exportadores já estão levando em conta o risco de perder o que resta da cota de exportação.
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz
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Por Reuters