O País deve colher este ano uma safra recorde de 3,438 milhões de toneladas de café, o equivalente a 57,3 milhões de sacas de 60 kg. O resultado representa um avanço de 0,4% em relação ao previsto em maio, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
A produção será 23,8% maior que a do ano anterior, impulsionada pelo fenômeno da bienualidade, em que há alternância anual entre alta e baixa produtividade na cultura.
“Este ano o clima está muito bom para o café, e tem também a questão de ano de alta produtividade”, lembrou Carlos Alfredo Guedes, gerente na Coordenação de Agropecuária do IBGE.
A safra do café arábica deve alcançar 2,6 milhões de toneladas este ano, ou 43,2 milhões de sacas de 60 kg. Houve retração de 0,5% em relação ao previsto no mês anterior, mas o desempenho permanece recorde.
Para o café canephora ou conillon, a estimativa da produção é de 848,3 mil toneladas no ano, 14,1 milhões de sacas de 60 kg, um aumento de 3,2% na estimativa da produção em relação a maio. O rendimento médio cresceu 5,0%. O Espírito Santo, maior produtor brasileiro de conillon – responsável por 64,9% do total a ser colhido no País -, elevou a estimativa de produção em 5,0% em relação ao mês anterior, para 550,7 mil toneladas (9,18 milhões de sacas). O rendimento médio, de 2.119 kg/ha, aumentou em 7,8%.
A produção nacional do café conillon será 24,5% superior à de 2017, desempenho também recorde.
Fonte: Estadão Conteúdo