O mercado do trigo permanece marcado pela queda nos preços e um ritmo de negociações desafiador. A espera agora se volta para o avanço da colheita, com projeções apontando para uma safra recorde, estimada em impressionantes 10,81 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 3,9% em relação ao relatório de agosto e um aumento de 2,5%, equivalente a 263,1 mil toneladas, do que o recorde da safra passada. Estes números foram divulgados recentemente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A tendência é que a liquidez no mercado ganhe força à medida que a colheita se intensificar em todo o país. No entanto, até que isso aconteça, os preços internos do trigo continuam em queda. Um olhar mais atento ao período de 1º a 8 de setembro revela uma queda de 6,22% no valor pago ao produtor no estado do Paraná, e uma redução de 4,44% em Santa Catarina.
Várias variáveis estão desempenhando um papel na trajetória descendente dos preços do trigo. A abundante oferta esperada na próxima safra é um fator chave, mas não o único. A crescente competição internacional, as condições climáticas favoráveis e as preocupações com a demanda também contribuem para essa tendência de queda.
Enquanto os preços atuais podem não ser tão atrativos para os produtores, é importante considerar que uma colheita recorde trará oportunidades de exportação. Os produtores devem manter um olho atento nas tendências do mercado e nas oportunidades de diversificação de culturas para otimizar seus retornos.
Na análise anterior, “Os preços do trigo vem sofrendo uma queda significativa no mercado interno. Entre o encerramento de agosto e o início de setembro, observamos uma intensificação dessas quedas, especialmente quando se trata dos valores pagos aos produtores. Uma das principais razões para a queda nos preços no mercado interno é o avanço da colheita no estado do Paraná, uma região que tradicionalmente lidera a produção no país. Com as previsões apontando para uma colheita expressiva, a entrada de um maior volume de trigo no mercado naturalmente exerce pressão sobre os preços”. Clique aqui para saber mais desta análise.
Após recorde no abate de fêmeas registrado no primeiro semestre, o mercado futuro sinaliza uma arroba do boi em R$ 230 reais ainda em dezembro deste ano.
O mercado pecuário enfrentou desafios significativos em 2023, com quedas consecutivas nos preços da arroba do boi gordo durante o mês de agosto. Esse cenário foi impulsionado pelo recorde no abate de animais, que gerou incertezas para os produtores. No entanto, o mercado futuro sinaliza uma reviravolta promissora. E para esclarecer os detalhes sobre esse cenário, no quadro Fortalecendo a Pecuária desta semana o Dr. Faber Monteiro analisa as perspectivas e como aproveitar as oportunidades. Aperte o Play no vídeo abaixo e confira!
Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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