Sem chuvas há mais de 20 dias, a situação das lavouras de milho safrinha em Patos de Minas, no centro-oeste de Minas Gerais, mudou bastante e as perspectivas indicam uma quebra de pelo menos 20% no potencial produtivo das lavouras, estimado inicialmente em 6.000 quilos por hectare. Quem informa é a Emater local.
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De acordo com o engenheiro-agrônomo Oswaldo Ferreira Filho, o déficit hídrico vem prejudicando o desenvolvimento das lavouras. “Visualmente, os 8 mil hectares plantados estão bonitos, mas se percebe que as espigas não estão conseguindo desenvolver normalmente pela falta de umidade”, comenta.
Como não há previsões de chuvas para o curto prazo, a tendência é de que o quadro de perdas possa se acentuar nos próximos dias nas lavouras de milho, que estão entre as fases de embonecamento (90%) e crescimento vegetativo (10%).
Para o sorgo, a situação dos 15 mil hectares cultivados é bastante preocupante também. “As lavouras estão na fase de emissão de panícola (30%) e crescimento vegetativo (70%) e vem sentindo bastante a falta de umidade. Por enquanto estimamos uma perda de 10% no potencial produtivo do sorgo, previsto inicialmente em 3.600 quilos por hectare, que só tende a aumentar”, pontua.
Segundo SAFRAS & Mercado, a área cultivada da safrinha em Minas Gerais deve ocupar 870,252 mil hectares. Ela deve avançar 11,2% frente aos 782,531 mil hectares cultivados no ano passado. A produção de milho safrinha em Minas Gerais deve chegar a 4,264 milhões de toneladas, acima das 4,127 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A produtividade média é esperada em 4.900 quilos por hectare, abaixo dos 5.275 quilos por hectare colhidos na safrinha 2019/20.
Por Arno Baasch – Agência Safras
AGRONEWS – Informação para quem produz