Na Argentina, certificação fitossanitária em aduana integrada será tratada com o serviço sanitário do país
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luis Rangel, se reunirá no dia 12 de julho, com representantes de cinco cooperativas de criadores de aves do Oeste do Paraná. Rangel vai ouvir quais são as principais dificuldades das empresas para a implantação do modelo de fiscalização agropecuária regionalizada. Integrantes do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) paranaense participarão das discussões.
Segundo o secretário a reorganização da inspeção vai permitir que as empresas tenham acesso direto ao Sipoa, evitando deslocamentos para resolver questões em Brasília. “O ministério está sempre à disposição, mas as soluções regionais poderão ser mais rápidas”, explica Rangel. O secretário também vai apresentar o cenário para o reposicionamento dos frigoríficos brasileiros na Europa.
No dia 13, o secretário terá reunião na aduana integrada de Foz do Iguaçu (PR), “provavelmente a de maior fluxo comercial com o Paraguai”, acredita. O secretário vai apresentar o novo modelo de divisão de tarefas entre auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs) e os técnicos agropecuários, recentemente desenvolvida pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). O novo modelo possibilitou aumentar em mais de 300% a capacidade operacional, passando de quatro auditores fiscais para 15.
Argentina
Nos dias 16 e 17, Rangel se reunirá com o presidente de serviço sanitário da Argentina (Senasa), Ricardo Negri. “Foi um pleito do próprio Senasa e vamos aproveitar para negociar a exportação de cucurbitáceas (abóboras) para os argentinos, produtos para os quais eles estão exigindo certificado de origem, excentricidade que nós gostaríamos que superassem. Assim como nós demos sinalizações para viabilizar a compra da maçã argentina. É justo que equilibremos o jogo dos dois lados, porque os riscos são muito parecidos”.
Outra medida que deverá ser tratada com Negri é a certificação fitossanitária em aduana integrada. O secretário explica que na Argentina existe a aduana integrada, que na prática, é um posto onde funciona o Ministério da Agricultura, por meio do Vigiagro, e os serviços do Senasa, simultaneamente. “A nossa ideia é que dispensemos o Certificado Sanitário Internacional, pois isto significa redução de burocracia”, explica o secretário.