Entre os dias 27 e 29 de junho, acontece em Palmas-TO evento que vai discutir demandas e tendências da tilápia no Brasil
Atualmente a mais cultivada no país, a espécie possui o chamado pacote tecnológico já desenvolvido, ou seja, é o peixe mais organizado em termos de cadeia produtiva.
Se é a espécie mais desenvolvida, ainda pode ser mais. “Pode-se dizer que a tilapicultura está apenas começando. A atividade ainda é bem jovem. O potencial produtivo é enorme no país”, explica Renata Barroso, da Embrapa Pesca e Aquicultura, que lidera projeto de pesquisa sobre a cadeia produtiva da tilápia.
O seminário vai mostrar resultados desse projeto, que trabalhou sete grandes polos produtivos do país. Segundo Renata, “os resultados baseiam-se no conhecimento da cadeia produtiva, dos gargalos, dos desafios e dos sucessos. Foi possível gerar indicadores socioeconômicos e financeiros e mapear as diferentes demandas, de acordo com cada polo produtivo”.
Ainda de acordo com a coordenadora do projeto, “qualquer cadeia de valor funciona com ações entre os elos, os agentes, as instituições. O sucesso de uma cadeia depende do equilíbrio entre esses elos. A piscicultura é uma agroindústria muito recente no Brasil e no mundo. Mas a vontade política de desenvolver a atividade no início dos anos 2000 propiciou as condições necessárias para que a tilápia disparasse no país”.
Os números mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que no país, em 2015, a produção de tilápia foi de mais de 219 mil toneladas, o que corresponde a 45,4% do total de peixes cultivados. O aumento de produção, com relação ao ano anterior, foi de quase 10%.
Parceiros e inscrição – O projeto “Indicadores socioeconômicos do desempenho da produção de tilápia no Brasil” tem como parceiros a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec), a Associação Cearense de Aquicultores (Aceaq) e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) / campus de Ilha Solteira.
Para participar do seminário do final de junho, as inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail [email protected]. As vagas são limitadas e o público é formado por profissionais que trabalham na área, como em instituições de pesquisa e desenvolvimento, em órgãos públicos e no setor privado.
Fonte: Embrapa