Promovido pela Yara, evento destacou a importância do manejo correto e contou com a presença de representantes de toda a cadeia
Realizado na última semana, em Campinas (SP), o seminário GranTomate foi idealizado pela Yara, líder mundial em nutrição de plantas, com o propósito de promover conhecimento e unir os elos da cadeia do tomate. O encontro reuniu agrônomos, pesquisadores e produtores para debater as perspectivas do mercado, tendências e inovações no segmento, nutrição e fisiologia do tomateiro, além de apresentar pesquisas voltadas à cultura.
O tomate está entre as hortaliças mais consumidas do mundo e a exigência do consumidor é cada vez mais alta. O fruto é capaz de fortalecer o sistema imunológico, melhorar a função pulmonar, além de prevenir doenças do coração e alguns tipos de câncer. Sendo assim, a produção nacional de tomate deve totalizar 4,5 milhões de toneladas em 2018, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). João Paulo Deleo, do Cepea, esclarece que 2018 vem registrando uma produtiva bastante alta, cerca de 10% maior que a do ano passado, resultado do clima favorável e da melhora no manejo. Alguns produtores chegam a 650 caixas por mil plantas em média, o que gerou um excesso de oferta. Em contrapartida, houve uma queda da área de cultivo de cerca de 11% em relação à temporada anterior. “Este cenário faz com que tenhamos mais um ano de preços em patamares baixos. A expectativa é de que os preços comecem a melhorar na safra de verão”, afirma Deleo. Já Marcelo Pacotte, diretor-executivo da ABCSEM (Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas), reforça que o produtor não deve apostar na sorte, mas em planejamento. “O segmento do tomate precisa se unir. A organização de toda a cadeia é fundamental para a sua manutenção”, conclui.
O seminário contou com palestra de Simone Mello, da ESALQ/USP, sobre a fisiologia e nutrição da produção de tomate de mesa. A pesquisadora falou sobre desafios como a redução do custo de produção, o controle de pragas e doenças e o apoio aos pequenos produtores. Além disso, destacou que a cadeia produtiva do tomate de mesa movimenta cerca de R$ 1,5 bilhões por ano no Brasil, com uma área de produção estimada em 42 mil hectares. O professor da UFPR, Átila Mogor, apresentou pesquisa sobre o uso da alga marinha Ascophyllum Nodosum na tomaticultura. Os resultados mostraram que os oligossacarídeos podem funcionar como elicitores, promovendo o crescimento das plantas e desencadeando as respostas imunes contra vários estresses. Também foi debatida a importância da fertirrigação no tomate, que contribui para maior produtividade, eficiência no uso dos fertilizantes e retorno sobre investimento. Nutrientes como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e boro são fundamentais para o tomate. “A cultura exige muita qualidade, além de produtividade, por isso o conhecimento sobre a nutrição adequada é tão importante para o produtor. O Programa Nutricional GranTomate, desenvolvido pela Yara, fornece uma nutrição completa em todas as fases da planta, fazendo com que o produtor tenha um melhor fruto, aumentando a sua rentabilidade e diminuindo o impacto ambiental”, afirma Etore Ragonha, coordenador agronômico da Yara. Durante o evento, o especialista agronômico da Yara, Bruno Dittrich, apresentou uma pesquisa realizada pela Yara em parceria com a Unesp Botucatu, que avaliou diferentes fontes e doses de nitrogênio no tomate fertirrigado. “O estudo revelou que o nitrato de cálcio proporcionou maior número de frutos comerciais e maior produtividade quanto comparado ao nitrato de amônio e à ureia. No caso de uma lavoura comercial, isso também significa maior rentabilidade por área e diluição dos custos de produção”, conclui Bruno. |
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