Surgem os primeiros indícios de luz no fim do túnel. Nada de excepcional, por enquanto. Mas comparativamente às semanas anteriores, os resultados da terceira semana de março (11 a 17) sinalizam recomposição dos embarques de carne de frango
Por exemplo, o volume do período (17.260 toneladas/dia em cinco dias úteis), está entre os melhores níveis registrados desde outubro do ano passado. E isso fez com que a média dos primeiros doze dias úteis do mês, inferior a 15 mil toneladas/dia até a semana passada, subisse para 15.840 toneladas/dia. Um resultado que além de superar em 6,13% a média diária de março de 2017, se encontra apenas 1,3% aquém da média diária registrada em fevereiro último.
É oportuno ressaltar, no entanto, que o corrente mês tem três dias úteis a mais. Assim, a combinação de volume maior com um mês mais longo tende a resultar em um volume mensal 15% superior ao de fevereiro. Ou, considerados os resultados atuais, algo próximo das 333 mil toneladas. Apenas de produto in natura.
De toda forma, fica difícil repetir o desempenho de março de 2017, mês em que foram embarcadas 342,5 mil toneladas de produto in natura. E a tendência, neste caso, é a de que o volume alcançado seja, agora, cerca de 3% inferior.
Apesar dos sinais de recomposição, algo continua ruim: o preço médio obtido pelo produto, até aqui pouco superior a US$1.515,00 por tonelada. Pois esse é um valor mais de 2% menor que os US$1.550,20/t de fevereiro passado, da mesma forma que se encontra quase 9% abaixo dos US$1.664,50/t de março de 2017.
O efeito desses desempenhos se mantido o mesmo comportamento nos nove dias úteis restantes de março será uma receita cambial pouco superior a US$500 milhões, valor que supera em mais de 12% os US$447,8 milhões de fevereiro passado, mas é inferior (-11,58%) ao obtido em março de 2017 – mais de US$570 milhões.