Objetivo do projeto é desenvolver o manejo sustentável dos ecossistemas.
Especialistas em pesquisas florestais contam com uma importante ferramenta para apoiar os estudos de biomassa e florestas. O WebGIS do projeto Paisagens Sustentáveis Brasil apresenta dados obtidos pela tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging) de alta precisão e por sensoriamento remoto de três biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
Com acesso gratuito, mediante cadastro, o sistema de informação geográfica (SIG) digital agora está hospedado na Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP). O LiDAR é um sistema laser aerotransportado que permite avaliar em detalhes a área de estudo, fornecendo informações da superfície do terreno e da estrutura da vegetação. Os dados são úteis para a realização de inventários florestais e pesquisas relativas a cálculos de biomassa, estoques de carbono e geoglifos, por exemplo.
A analista de sensoriamento remoto Maiza Nara dosSantos, filiada à Fundação Arthur Bernardes (Funarbe), explica que estão disponíveis resultados de um extenso trabalho de coleta de dados realizado em parceria com instituições de pesquisa brasileiras e internacionais. Com esses dados organizados e gratuitos, os especialistas podem dedicar mais tempo e recursos às pesquisas.
Criado com o objetivo de desenvolver o manejo sustentável dos ecossistemas, o projeto Paisagens Sustentáveis é coordenado desde 2011 pelo pesquisador do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) Michael Keller, cientista visitante pelo programa de cooperação denominado Labex Invertido da Embrapa.
O projeto é apoiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e pelo Departamento de Estado dos EUA. A colaboração entre o USFS e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tornou possível a geração de dados LiDAR de alta precisão visando ao desenvolvimento de novos métodos e à geração conhecimento na área.
Devido à relevância dessa parceria, em agosto de 2016 a Embrapa renovou por mais cinco anos o acordo de cooperação técnica com a Funarbe, de acordo com a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá. Com isso, novos dados ficarão disponíveis no WebGIS à medida que forem coletados pelos pesquisadores.
Os estudos de efeito de borda são outro exemplo de trabalho que usa os dados de LiDAR e contribui para análises de degradação florestal. A tecnologia de varredura a laser bastante disseminada na Europa e nos Estados Unidos ainda é pouco aplicada no Brasil. Com as parcerias, é possível facilitar o acesso aos pesquisadores brasileiros, ressalta Maiza. O Serviço Florestal Brasileiro, um dos parceiros, disponibilizou dados sobre monitoramento e controle de exploração da madeira na Amazônia, o que também favorece a elaboração dos inventários.
Funcionando como uma espécie de Google Maps, o WebGIS contém informações sobre a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica. O internauta escolhe o estado brasileiro disponível e o tipo de mapa que prefere, entre as três opções de mapas disponíveis. O StreetMap é um mapa tradicional, com ruas e outras áreas urbanas; o Google Satellite apresenta imagens fotográficas realizadas por satélite; e o Google Terrain mostra aspectos como a topografia do espaço.
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