Nesta terça-feira (3), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago dão continuidade às baixas observadas na sessão anterior, porém, de forma mais limitada
Os futuros da commodity perdiam, por volta de 7h50 (horário de Brasília), pouco mais de 2 pontos e o maio/18, que serve de referência para a safra brasileira, valia US$ 9,83 por bushel.
O mercado internacional segue pressionado pela colheita nos Estados Unidos, a qual já está concluída em 22% da área de acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportados no fim do dia de ontem. A evolução na semana foi de 12 pontos percentuais e, apesar de expressiva, o mercado esperava 25% de área colhida.
O avanço dos trabalhos de campo no país já trazem mais expressivamente as especulações, como explicam analistas internacionais, para o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA traz no próximo dia 12.
“Nos últimos 20 anos, do relatório de setembro ao de janeiro, as projeções de produtividade da soja foi revisada para cima 11 vezes, com uma média de crescimento de 5,1%. E essa média inclui três anos de mudanças drásticas: 2003, com alta de 10,4%; 2004 com 9,3% e 2012, com 12,2%”, explica a consultoria internacional Allendale.
Também no radar dos traders segue a melhora climática no Brasil, que favorece o início do plantio da safra 2017/18, o que também pesa sobre as cotações ou, ao menos, limita uma tentativa de recuperação.
Entre os fatores técnicos e externos, o mercado se atenta também ao comportamento do dólar, principalmente no cenário externo, com uma alta expressiva da divisa frente à uma cesta de principais moedas mundo a fora. Nesta manhã de terça, o dólar index realiza parte das últimas altas e opera estável, perdendo 0,08% para 93,40 pontos.
O movimento reduz a competitividade dos produtos negociados na bolsas nortea-americanas e acaba pesando não só sobre a soja, mas sobre todas as commodities de uma forma generalizada.
Fonte: Notícias Agrícolas