Nesta quinta-feira (2), segue o recuo dos preços da soja na Bolsa de Chicago e, perto de 7h25 (horário de Brasília), as baixas passavam de pouco mais de 6 pontos entre os principais contratos. Com isso, o novembro já voltava aos US$ 8,95 por bushel na manhã de hoje, após testar algo acima dos US$ 9,00 no início desta semana
Embora sem grandes novidades, as manchetes ao redor da guerra comercial entre chineses e americanos segue pesando severamente sobre os preços da oleaginosa no mercado futuro norte-americano, de forma a limitar algum avanço que poderiam ter em função do tempo mais seco sendo registrado no Meio-Oeste neste momento.
“Todas estas novas ameaças parecem fazer parte de um “jogo de pressão” para forçar a reabertura das negociações bilaterais com o Governo de Xi Jinping. Por outro lado, o cenário para a safra norte-americana continua preocupante, principalmente pela chegada de uma massa de ar quente de alta pressão no Centro do país”, dizem os analistas de mercado da AgResource Mercosul (ARC).
As perdas de ontem, que se aproximaram de 2%, refletiram o aumento de 10% para 25% em US$ 200 bilhões de importações chinesas pelos EUA.
“O aumento na possível taxa do imposto adicional tem objetivo de dar ao governo opções adicionais para encorajar a China a alterar suas políticas e comportamentos prejudiciais e adotar políticas que irão levar a mercados mais justos e prosperidade para todos nossos cidadãos”, disse o representante comercial Robert Lighthizer em comunicado.
Além disso, como explicou a consultoria internacional Allendale, a logística nos EUA também começa a atrapalhar. Com os produtores americanos fora de novas vendas diante dos atuais preços baixos, os armazéns ainda posssuem grãos, bem como os chamados ‘elevators’ que são como unidades de recebimento de grãos no país, pouco antes da colheita se iniciar, com a possibilidade de uma produtividade recorde ser alcançada.
Os traders esperam, também nesta quinta-feira, pelos novos números das vendas semanais para exportação dos EUA que serão divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As expectativas são de 150 mil a 500 mil toneladas da safra velha e de 300 mil a 700 mil da safra nova.
Por Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas