O mercado da soja trabalha com pequenas baixas na Bolsa de Chicago no pregão desta sexta-feira (12), mantendo-se bem próximo da estabilidade
Os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe poucas mudanças em relação ao que era esperado pelos traders e a reação das cotações segue bastante tímida.
Assim, por volta de 8h (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 2,25 e 2,50 pontos nos vencimentos mais negociados, com o agosto valendo US$ 8,96 e o novembro, US$ 9,16 por bushel.
As atenções dos traders agora estão ainda mais focadas no desenvolvimento das lavouras norte-americanas e nas condições climáticas que irão enfrentar nessa fase. Neste momento, as previsões indicam tempestades que podem atingir a região do Delta do Mississipi nos próximos dias, mas tempo aberto nas demais regiões produtoras dos EUA.
“Os mapas climáticos ressaltam a formação de uma tempestade tropical agressiva sobre o Sul dos Estados Unidos, oferecendo totais pluviométricos entre 70-300mm acumulados nestes próximos
5 dias. A região do Delta do Mississippi se torna a principal afetada por este fenômeno climático, que poderá alcançar o extremo sul do Cinturão
Agrícola, no começo da próxima semana”, explica a consultoria ARC Mercosul.
A região responde por por quase 5% de toda a produção de milho e 11,5% de soja norte-americana.
A guerra comercial, mesmo atuando como um fator secundário sobre o mercado neste momento, permanece forte no radar dos players. Um consenso ainda não foi encontrado e o presidente americano Donald Trump vem se queixando do comportamento dos chineses sobre pequenos acordos que foram firmados na última reunião do G20 e que não estariam sendo cumpridos, como novas compras de produtos agrícolas dos EUA.
Por Carla Mendes/ Notícias Agrícolas