Depois do turbilhão no mercado de ontem, as cotações da soja na Bolsa de Chicago trabalham com estabilidade nesta manhã de terça-feira (7)
As cotações, perto de 07h40 (horário de Brasília), perdiam entre 1 e 1,50 ponto. Os traders buscam estabilidade depois da despencada do pregão anterior.
O mercado, apesar das movimentações bem mais contidas hoje, segue focado na guerra comercial entre China e Estados Unidos e quais serão as próximas movimentações de ambos os países depois das últimas declarações do presidente americano Donald Trump sobre aumentar tarifas de 10% para 25% sobre produtos chineses.
“Após o tweet de Trump no domingo, o mercado espera retaliação da China. Há pressão da comunidade internacional para chegar a um acordo que possa impedir maiores problemas não somente ao produtor americano, mas também para a economia mundial como um todo”, explica Steve Cachia, diretor da Cerealpar, direto de Malta.
O clima nos EUA também continua a ser acompanhado pelos traders, no entanto, com menos peso depois dessa reviravolta nas negociações entre chineses e americanos. O plantio tanto da soja quanto do milho mostra atraso em relação ao ano passado e a média das últimas cinco safras em função das adversidades, como mostrou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu reporte semanal nesta segunda (6).
Até o último domingo (5), os EUA tinham 6% da área de soja já semeada, contra 3% da semana anterior e projeções que variavam de 6 a 13%. A média dos últimos cinco anos é, no entanto, de 14%, mesmo número do ano passado nesta época.
“Situação altista porque é indicação de que o clima não está regular no Centro-Oeste americano, mas baixista porque o clima pode provocar transferência de área de milho para soja”, completa Cachia.
Por Carla Mendes/ Notícias Agrícolas