Os contratos futuros de soja na bolsa de Chicago operam em ligeira alta nesta sexta-feira. O vencimento novembro/17, direcionador do mercado (driver) vai trabalhando com 7,5 centavos de alta em US$ 995,00 cents/bushel
A quinta-feira foi de forte baixa, com os futuros perdendo perto de 45 pontos. Vários fatores contribuíram para a queda. Primeiro, a correção técnica que era esperada para acontecer essa semana. No comentário de segunda e de quarta-feira alertei que eram grande a probabilidade de vermos essa correção vir e ser rigorosa, ao menor sinal de chuvas. E foi o que ocorreu. Apareceram algumas chuvas nos mapas, embora nada volumoso, e os compradores sumiram do book. Produtores americanos que entraram vendendo com força também contribuíram para as quedas.
Há um ditado entre os operadores que diz “o mercado sempre exagera”. Houve exagero nas altas das duas últimas semanas e houve exagero nas quedas dos dois últimos dias. O mercado simplesmente ignorou o relatório altista do USDA na quarta, a forte desvalorização do dólar nos últimos dias (o que dá suporte para os preços em dólares na Bolsa), e também as exportações americanas que já estão batendo na casa dos 60 milhões de toneladas, enquanto o USDA ainda está falando em 57,15 milhões de tons, embora já tenho corrigido um pouco em relação aos 55,7 do relatório de junho. Provavelmente vai corrigir para perto de 59 milhões de tons no relatório de agosto, se não houver nenhum cancelamento grande da China nas próximas semanas.
Estamos no período mais crítico da soja, que é a segunda quinzena de julho até a primeira quinzena de agosto. Esses próximos 30 dias irão determinar boa parte do tamanho da safra americana. Chuvas ou a falta delas, vão movimentar o mercado. Às vezes, exageradamente.
Graficamente, o contrato de soja cumpriu seu movimento de buscar a retração Fibonacci em US$ 994,00 depois que subiu de US$ 907 até 1047,50 sem parar para respirar.
Fonte: Notícias Agrícolas