A semana é de novo relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e, à espera dos novos números, o mercado da soja trabalha com estabilidade na manhã desta segunda-feira (11) na Bolsa de Chicago
As cotações, por volta de 8h10 (horário de Brasília), subiam pouco mais de 1 ponto, com o novembro/17 sendo negociado a US$ 9,63 por bushel.
“O mercado de grãos busca se posicionar antes do USDA desta terça-feira. A produção é o assunto mais especulado para este boletim, porém, alguns acres já colhidos poderiam ter um impacto considerável no mercado, além dos números dos estoques finais”, explicam analistas da consultoria internacional Allendale.
Há expectativas no mercado que indicam uma redução de produtividade da soja em relação ao reporte de agosto, porém, os números ainda causam muitas divergências entre as casas. Para a Allendale, por exemplo, o rendimento da oleaginosa pode vir em 48,8 bushels por acre – em uma faixa de 49,8 a 47,1 – contra 49,4 do mês passado.
“Aqui fica a grande pergunta, que deve estar pesando na cabeça e na mente de muitos operadores: vai o USDA corrigir e reduzir a safra? Eu, particularmente, acho que na soja não, mesmo sem as chuvas necessárias que frisamos para conclusão da safra”, diz o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa.
Paralelamente, os traders acompanham também a movimentação do furacão Irma, que chegou aos Estados Unidos pelo estado da Flórida neste final de semana e pode ir mais adiante, chegando, possivelmente, ao Alabama e à Georgia. Apesar disso, o fenômeno perdeu força e, felizmente, foi rebaixado da categoria 5 para 2.
O impacto sobre o andamento dos preços das softcommodities, porém, pode ser mais agressivo nestes próximos dias, principalmente no suco de laranja. A Flórida, afinal, é o maior estado produtor da fruta nos EUA.
Fonte: Notícias Agrícolas