A “suspensão” da guerra comercial entre China e Estados Unidos trouxe novo fôlego para as cotações da soja na Bolsa de Chicago que, na sessão desta segunda-feira (21), subiam mais de 1,5%. Perto de 7h50 (horário de Brasília), os ganhos entre os principais contratos variavam de 16 a 18 pontos, com o julho/18 já de volta aos US$ 10,16 e o agosto/18 valendo US$ 10,19 por bushel
“EUA e China chegaram a uma espécie de acordo, pois, eles podem até não gostar um do outro, mas são grandes demais para se ignorarem”, diz o diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank da Australia, Tobin Gorey.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou neste domingo que o governo do presidente Donald Trump colocou “em suspenso” a imposição de tarifas à China, após dias de negociações entre as partes. Segundo ele, porém, Trump pode no futuro impor tarifas, caso Pequim não leve adiante suas promessas, de acordo com o que informou a agência de notícias Reuters.
Além disso, a Mnuchin espera ainda um aumento das importações da China pelos Estados Unidos em cerca de 35% a 40% em itens agrícolas somente neste ano, o que também trouxe boas perspectivas para o mercado neste início de semana.
Na nação asiática, os índices acionários avançaram nesta segunda diante do alívio das tensões entre as duas maiores economias do mundo.
Ainda hoje, traders atentos também aos números dos embarques semanais de grãos a serem atualizados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), além do reporte semanal de acompanhamento de safras que traz o avanço do plantio no país. As expectativas do mercado para a soja são de que a semeadura esteja concluída em algo entre 50 e 55% da área.
Por Carla Mendes
Fonte; Notícias Agrícolas