O mercado internacional da soja tenta se recuperar do choque sofrido ontem após o relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e trabalha com estabilidade na manhã desta sexta-feira (11) na Bolsa de Chicago. As cotações subiam entre 0,25 e 0,75, por volta das 7h45 (horário de Brasília), e o vencimento novembro/17 valia US$ 9,41 por bushel
Não só o mercado, mas os traders, os fundos investidores, analistas, consultores e, principalmente, produtores rurais ainda tentam entender os últimos números do departamento que foram uma surpresa generalizada. A soja foi, sem dúvida, o principal destaque desse boletim com uma safra estimada em 119,23 milhões de toneldas.
Apesar disso, sentiram ainda os futuros do milho, do trigo e também do algodão nas bolsas norte-americana. As baixas foram generalizadas.
Segundo especialistas, o mercado deverá, aos poucos, voltar-se para outros fatores – como o clima no Meio-Oeste nos próximos 15 dias, o qual será determinante para a conclusão da safra norte-americana – e ir buscando certa recuperação daqui em diante. Para o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, apesar dessas novas estimativas, esse ainda é um mercado de preços entre US$ 9,50 e US$ 10,00 por bushel.
“Na especulação, o novembro pode até se aproximar dos US$ 9,00, mas chegando nesse nível ele se torna muito comprador, e se torna comprador para receber físico futuro, e o investidor não vai querer ficar com suas posições abertas. Não tem muito espaço para a especulação na linha baixista”, explica Brandalizze.
E ao mesmo tempo, a demanda também não permite uma baixa ainda mais acentuada das cotações, ainda segundo o consultor, com números que seguem confirmando seu crescimento e robustez tanto pela soja americana, quanto pela brasileira.
Fonte: Notícias Agrícolas