O mercado da soja trabalha em alta nesta terça-feira (13) na Bolsa de Chicago, se recuperando das baixas de mais de 12 pontos registradas no pregão anterior
Os futuros da oleaginosa, por volta de 08h05 (horário de Brasília), subiam 6,75 pontos, para levar o novembro a US$ 8,86 por bushel.
A terça é de uma tentativa de recuperação para a commodity, depois do dia tenso que o mercado internacional de grãos teve ontem após os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), especialmente para o milho. É o chamado movimento “turnaround tuesday” ou, “terça-feira da virada”.
“O governo trouxe um surpreendente aumento em suas estimativas de milho e trigo, apesar das preocupações com uma primavera úmida e um verão seco. Os traders agora mudarão seu foco para os índices de produtividade, enquanto continuam a ficar de olho nas preocupações com o clima, à medida em que os agricultores se aproximam da colheita”, explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.
E para a soja, os números nem foram tão agressivos, porém, o mercado foi profundamente pressionado pelas cotações do milho, que terminaram a sessão com limite de baixa na CBOT nesta segunda-feira (12).
A produção norte-americana caiu de 104,64 para 100,15 milhões de toneladas, enquanto a produtividade foi mantida em 54,35 por hectare. A média da safra esperada pelo mercado era de 103,42 milhões de toneladas.
As áreas plantada e colhida foram também reduzidas e ficaram em, respectivamente, 31,04 e 30,72 milhões de hectares. Há um mês, o boletim mostrava 32,38 e 32,09 milhões.
Com a baixa da safra, os estoques finais norte-americanos recuaram de 21,64 para 20,55 milhões de toneladas. Por outro lado, reduziu sua estimativa para as exportações da safra nova de 51,03 para 48,31 milhões de toneladas, também em função do conflito comercial.
No Brasil, os preços conseguiram desviar das baixas intensas de Chicago e, com apoio no dólar e na demanda interna forte, as cotações chegaram até mesmo a subir em boa parte das praças do interior do país. Em Sorriso/MT, por exemplo, as altas passaram dos 4%.
Por Carla Mendes/ Notícias Agrícolas