O mercado da soja na Bolsa de Chicago segue trabalhando com estabilidade nesta segunda-feira (8), porém, os preços passaram para o lado negativo da tabela neste início de tarde
Perto de 12h50 (horário de Brasília), as cotações trabalhavam com pequenas baixas de pouco mais de 0,25 ponto.
Assim, o agosto tinha US$ 8,76 por bushel, enquanto o novembro valia US$ 8,94. Mais cedo, os preços chegaram a subir mais de 5 pontos entre os contratos mais negociados na CBOT.
Os traders buscam manter sua cautela e o mercado mais estável neste começo de semana à espera das novas informações que chegam nos próximos dias. E alguns dos dados mais esperados já chegam nesta segunda, às 17h (Brasília), após o fechamento do pregão, com o boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
De acordo com expectativas do mercado, o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições é esperado em 56%, enquanto eram 54% na semana anterior. Já o plantio da oleaginosa é esperado em 97%, contra 92% da semana passada, 100% de 2018 e 98% de média dos últimos cinco anos.
Depois de uma primavera extremamente chuvosa, agora as atenções se voltam para os mapas climáticos indicando um tempo mais quente e seco para as próxima semanas, o que acaba se tornando, como explicam analistas internacionais, uma ameaça, principalmente, às lavouras plantadas mais recentemente.
As previsões indicam este padrão mais quente e seco pelas próximas duas semanas. “Ou talvez mais”, diz Bryce Knorr, analista sênior do portal internacional Farm Futures. “As tempestades pontuais que se vê nas Planícies nesta segunda-feira não devem se espalhar pelo Meio-Oeste na próxima semana”, completa.
Além disso, o mercado também já se prepara para o novo boletim mensal de oferta e demanda que o departamento divulga no final desta semana e também segue atento às conversas entre China e Estados Unidos. Nos próximos dias, autoridades dos dois países voltam a se encontrar para dar continuidade às negociações.
Por Carla Mendes/ Notícias Agrícolas