Nesta quinta-feira (20), o mercado da soja na Bolsa de Chicago trabalha bem próximo da estabilidade após altas de quase 2% no pregão anterior. Os futuros da oleaginosa buscam ainda se ajustar depois de testarem suas mínimas em 10 anos e, por volta de 7h55 (horário de Brasília), recuavam entre 1,75 e 2,25 pontos. O novembro/18 tinha US$ 8,28 por bushel.
O mercado da soja trabalha com informações já conhecidas, mas mesmo assim ainda sente a pressão que elas exercem. Entre os principais fatores estão ainda a guerra comercial – e as dificuldades de negociação entre EUA e China – e o avanço da colheita norte-americana, efetivando a entrada de uma nova oferta no mercado.
No paralelo, os traders começam ainda a acompanhar mais de perto a evolução do plantio na América do Sul, especialmente no Brasil. Até este momento, as condições de clima favorecem os trabalhos de campo na soja e, no Paraná, onde o vazio sanitário terminou no último dia 10 e segundo maior estado produtor do país, já há cerca de 9% da área plantada.
Na outra ponta, o mercado se atenta ainda à questão da demanda. Os baixos preços seguem atraindo os compradores aos EUA, porém, tal intensidade ainda é insuficiente para mudar uma tendência das cotações neste momento.
A AgResource Mercosul (ARC) informou que, nesta quarta-feira, a indústria da Argentina foi às compras pela soja norte-americana, enquanto a China segue buscando, por outro lado, a oferta argentina.
“Os preços baixos da soja disponível para embarque nos Estados Unidos atraem o interesse do esmagador argentino, que possui margens expressivas de lucro com a venda do farelo. O mercado deverá manter este movimento de compra e venda no radar especulativo, que poderá sustentar eventuais altas nas estimativas de exportação da oleaginosa dos Estados Unidos”, diz o boletim da consultoria internacional.
Ainda nesta quinta, o mercado se atenta também aos novos números das vendas semanais para exportação que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz em um boletim. As expectativas para a soja em grão são de 400 mil a 900 mil toneladas; para o farelo de 50 mil a 350 mil e para o óleo de 0 a 30 mil toneladas.
Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas