Os negócios com a soja na Bolsa de Chicago foram retomados na manhã desta terça-feira (5), pós feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, com boas altas sendo registradas para a oleaginosa nesta sessão
Por volta de 7h55 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 8 e 12 pontos, com o venciment novembro/17 já chegando aos US$ 9,61 por bushel.
O mercado, como explicam analistas e consultores internacionais, segue se ajustando a esse período de transição e conclusão da nova safra americana, além de estar atento ainda ao cenário climático para essa fase.
A chegada de um novo furacão nos EUA – agora o Irma – “continua sendo a grande história de clima da semana”, explica o relatório diário da consultoria Allendale. “A rota das tempestades continua a ser observada, porém, sua força é o que mais impressiona. Qualquer siinal de geadas ou tempo mais seco entre as principais regiões produtoras ainda podem aparecer”, completa o boletim.
Ainda nesta terça, chega o novo reporte semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que poderia trazer, de acordo com expectativas do mercado, estabilidade ou uma redução de 1% no índice de lavouras em boas ou excelentes condições.
Ademais, segue a batalha entre oferta e demanda neste momento, ajudando a direcionar os futuros da commodity em Chicago. “As estimativas privadas para a produtividade da soja têm se mostrado um pouco melhores do que o esperado, ficando até mesmo acima dos números do USDA em alguns casos, porém, os sinais da demanda também são muito promissores”, explica o analista Terry Reilly, da Futures International.
O Centro Nacional de Grãos e Óleos da China (CNGOIC) informou, em nota, que foram contratados, na última semana, 20 carregamentos de soja dos Estados Unidos para cobrir as necessidades de consumo de setembro e outubro. “A China está cerca de 50% coberta para outubro”. E ainda segundo Reilly, em suas análises, “as margens de esmagamento da China estão crescendo, se tornando positivas em cerca de US$ 0,96 por bushel”, diz.
Fonte: Notícias Agrícolas