O mês de outubro começa com os preços operando com estabilidade na Bolsa de Chicago. No pregão desta segunda-feira (1), os futuros da oleaginosa recuavam entre 0,50 e 1 ponto entre os principais vencimentos, com o novembro/18 sendo cotado a US$ 8,45 e o março/19 a US$ 8,71 por bushel
Segundo explicam analistas e consultores internacionais, os traders ainda trabalham com os mesmos fundamentos, porém, atentos ao comportamento dos fundos diante dessas informações já conhecidas. “O novo mês, o novo trimestre, vão impactar na direção dos preços?”, questiona a consultoria Allendale, Inc. em seu boletim diário.
O mercado ainda sente alguma pressão dos altos estoques trimestrais norte-americanos reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última sexta-feira (28) de mais de 11 milhões de toneladas.
Ao mesmo tempo, se atenta à guerra comercial entre China e EUA, ao avanço da colheita nos EUA – que será também atualizado pelo USDA hoje, após o fechamento de Chicago – e ao desenvolvimento do plantio no Brasil.
Ainda nesta segunda, os traders estarão atentos também aos números dos embarques semanais norte-americanos de grãos que o USDA traz em seu tradicional relatório de segundas-feiras.
Para o mercado brasileiro, as atenções estão voltadas, principalmente, à questão financeira e cambial, uma vez que chegou, enfim, o final de semana das eleições presidenciais. Assim, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, “o dólar pode flutuar mais nesta semana”, diz.
Os negócios com soja e milho no país estão mais escassos nestes últimos dias, aindade acordo com o consultor, com os produtores atento à essa situação política e econômica do país. Ainda assim, para a soja da safra velha, a estimativa de Brandalizze é de que o Brasil vá, mais uma vez, bater recorde na exportação nesta semana mais uma vez.