A semana começa com baixas significativas para os preços da soja na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (25)
Os futuros da commodity, por volta de 7h0h (horário de Brasília), perdiam entre 9,25 e 10 pontos nos principais contratos, com o julho/18 que segue como a posição mais negociada – valendo US$ 8,85 por bushel. Apenas o novembro/18 conseguia manter ainda o patamar dos US$ 9,00.
Não há grandes novidades neste mercado, porém, esse tem sido um dos principais fatores de pressão sobre as cotações. Os traders seguem cautelosos diante da guerra comercial entre chineses e americanos e frente ainda à falta de notícias sobre um possível acordo entre as duas nações.
As tarifações impostas por Donald Trump deverão começar a vigorar a partir do dia 6 próximo e a soja americana, nas mãos da China, funciona como um dos principais instrumentos de retaliação. Assim, a sinalização de uma possível demanda menor da China nos EUA mantém o mercado pressionado na CBOT.
Como se não bastasse, os preços da soja – assim como os do milho negociados no mercado futuro norte-americano – também são limitados por condições de clima bastante adequadas no Corn Belt até agora. Um cenário de tempo quente e úmido tem mantido um bom ritmo de desenvolvimento das lavouras. Um ponto que chama mais atenção agora, no entanto, ainda sem trazer ameaças, é o excesso de umidade em algumas regiões produtoras, como explicam analistas ouvidos pela Reuters internacional.
Hoje, ao final da tarde e pós fechamento de mercado em Chicago, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu reporte semanal de acompanhamento de safras com as condições das lavouras americanas. O boletim anterior trazia mais de 70% dos campos de soja em bom ou excelente estado. A expectativa para esta segunda é de que os índices venham mantidos nos 73%.
No radar dos players está ainda a divulgação de dois outros relatórios do USDA ainda nesta semana. No dia 29, sexta-feira, chegam números atualizados dos estoques trimestrais de grãos dos EUA e da área plantada da safra 2018/19. “E os traders buscam um bom posicionamento antes da chegada desses reportes”, diz a Allendale, inc.
Complementando o quadro de informações para a formação dos preços da oleaginosa nesta segunda-feira há também a atualização dos embarques semanais norte-americanos e a movimentação do dólar. No cenário externo, a moeda americana seguia avançando frente a uma cesta das principais divisas internacionais e batia em sua máxima em 11 meses.