Cafés diferenciados participaram com 15,8% do total das exportações e obtiveram preço 24,5% superior aos cafés naturais.
As exportações brasileiras de café totalizaram 24,75 milhões de sacas de 60kg no período de janeiro a outubro de 2017, das quais o café arábica correspondeu a 21,72 milhões de sacas, equivalentes a 87,8% do total. E o café solúvel, que exportou 2,8 milhões de sacas, correspondeu a 11,3%; o café robusta, 208 mil sacas, 0,8%; e 20 mil sacas de café torrado e moído que corresponderam a 0,1% das exportações.
O preço médio dos cafés arábicas diferenciados foi de R$ 200,69 por saca no período, ou seja, 24,5% superior aos arábicas naturais. Nesse mesmo período, os cafés industrializados, que incluem solúvel e torrado e moído, tiveram preço médio de R$ 187,11 por saca, o que representou um incremento de 16% em relação à média dos preços dos cafés verdes naturais.
A receita total das exportações de 24,75 milhões de sacas foi de US$ 4,2 bilhões, com preço médio de US$ 170,33 por saca, nos dez primeiros meses deste ano, o qual representou crescimento de 10,7% em relação ao mesmo período de 2016, que foi de US$ 153,88. Essas informações da análise da performance das exportações dos Cafés do Brasil constam do Relatório mensal outubro de 2017 do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé que está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
O CeCafé também destacou no Relatório que o Brasil exportou café para 121 países no mesmo período objeto desta análise e, ainda, que o ranking dos cinco países que mais importaram Cafés do Brasil foram os Estados Unidos, com 4,94 milhões de sacas (19,9%); Alemanha, com 4,30 milhões de sacas (17,4%); Itália, 2,29 milhões (9,3%); e Bélgica, 1,41 milhões (5,7%).
Nesse contexto, as exportações dos cafés diferenciados atingiram 3,9 milhões de sacas no período analisado e os cinco principais países de destino foram: Estados Unidos, com 855.297 sacas, responsável por 21,9% do total; Alemanha, com 540.778 sacas, 13,9%; Bélgica, com 486.017 sacas, 12,5%; Japão, 388.328 sacas, 10%; e Itália, 342.663 sacas, que adquiriu 8,8% dos cafés diferenciados exportados pelo Brasil. Os cafés diferenciados são os que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis e incluem os cafés especiais.
Com relação especificamente ao mês de outubro deste ano, o Relatório mensal outubro 2017 ressalta que foram exportadas 2,75 milhões de sacas de café, com receita cambial de US$ 460,1 milhões e preço médio de US$ 167,48 por saca. O volume exportado no mês foi 13,2% superior ao do mês de setembro. Conforme consta do Relatório, de acordo com o presidente do CeCafé, Nelson Carvalhaes, o volume exportado pelo Brasil indica que “o fechamento do ano civil alcance em torno de 30/31 milhões de sacas exportadas”.
O CeCafé também publicou no seu Relatório um artigo intitulado “Avanço e Protagonismo: de Olho na Agenda para o Mercado Internacional”, de autoria de Marcos Matos, Diretor Geral do Conselho, o qual demonstra a importância do posicionamento estratégico do agronegócio brasileiro com relação ao mercado internacional. Nesse sentido, o artigo enfatiza a participação do CeCafé que, juntamente com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, manteve encontros com adidos agrícolas recém-designados para a Argentina, África do Sul, Arábia Saudita, China, Coreia do Sul, Índia, México, Rússia, Vietnã e Tailândia, visando tratar do acesso aos mercados desses países e também a redução da burocracia de exportação e emissão de Certificado Fitossanitário, entre outros.
Para ler na íntegra o Relatório mensal outubro 2017, do CeCafé, clique aqui.
Por: Lucas Tadeu Ferreira (MTb 3032/DF) – Embrapa Café