Duas startups integrantes de projetos da Rede AgroNano, coordenada pela Embrapa Instrumentação – com a participação de 17 Centros de Pesquisa da Empresa e grupos de 40 universidades -, vão receber apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
O PIPE apoia pequenas empresas, com até 250 empregados, sediadas no Estado de São Paulo, para o desenvolvimento de pesquisa tecnológica no ambiente empresarial, sem contrapartida. A Domínio Tecnologia, com sede em Pindorama, e a Hyco Compostos Híbridos Eireli, de São Carlos, receberão até R$ 200 mil – cada – para um período de nove meses, com possibilidade de uma 2ª fase de financiamento.
“No caso da Domínio Tecnologia Química Ltda. o projeto se refere ao desenvolvimento de nanocompósitos para veiculação de fertilizantes e será liderado pelo químico Fábio Plotegher, cujo doutorado em Ciências foi desenvolvido com a parte experimental na Embrapa Instrumentação”, explica o pesquisador Caue Ribeiro, líder da Rede AgroNano.
“O PIPE é super interessante pela possibilidade de levar para a sociedade tecnologias que são desenvolvidas em institutos de pesquisa e universidades e que, muitas vezes, não têm a possibilidade de serem alavancadas por tais instituições”, avalia Fábio Plotegher.
“Em relação à Hyco, o projeto de desenvolvimento de compósitos híbridos com fibras naturais terá como líder o engenheiro de materiais Sérgio Dulcini, cujo doutorado é orientado por um dos pesquisadores da Rede, que trabalha com pesquisas voltadas à aplicação da nanotecnologia para o setor agropecuário”, acrescenta Caue Ribeiro.
Para Sérgio Dulcini, “a cooperação Hyco com a Embrapa e a FAPESP é trazer para o País, especialmente a São Carlos, tecnologia e a possiblidade de transformar sonhos em produtos, conhecimentos e riqueza para todos. Ter pessoas competentes e solidárias é uma inspiração para trabalhar cada vez mais para o local que amamos”.
A parte experimental dos dois projetos será desenvolvida em parceria com o Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA) da Embrapa, de atuação multiusuários, em São Carlos, que é um dos oito laboratórios estratégicos do SISNano (Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) – único no País com atuação específica para o agronegócio.
O anúncio dos 45 projetos de pesquisa selecionados (recorde nos quase 20 anos do programa) entre 345 na 3ª chamada PIPE de 2016 ocorreu numa cerimônia pública, na sede da FAPESP, em São Paulo, nesta terça-feira (18), com a presença de 200 empresários, pesquisadores, dirigentes da instituição e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que também contribui com fomento para essa chamada.
“É extremamente gratificante verificar, justamente em 2017, quando a Rede AgroNano completa 10 anos, que as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, universidades e parceiros estão gerando startups para o Agronegócio”, comenta o pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso, fundador da Rede AgroNano.
“O incentivo à formação de startups é um dos objetivos da rede, pois é uma maneira de gerar oportunidades de trabalho altamente qualificado e de materializar ideias que foram concebidas nos laboratórios de pesquisa, mas que deverão ser incorporadas não só por produtores rurais mas outros usuários das futuras tecnologias que chegarão ao mercado”, finaliza Mattoso.
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