No Brasil, as empresas familiares são uma realidade. De acordo com pesquisa do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) 52% das micro e pequenas empresas brasileiras podem ser consideradas familiares, ou seja, possuem sócio ou empregado parente do proprietário.
Por isso, é cada vez mais comum que essas empresas passem a procurar consultorias e cursos para fazer uma sucessão familiar estruturada, sem prejudicar os negócios. Para o coordenador do MBA Executivo em Economia e Gestão Agronegócio, Fabio Matuoka Mizumoto, para que o setor de agronegócios e as empresas familiares se desenvolvam é preciso ter uma boa combinação entre teoria e prática.
“Os institutos de pesquisa e as áreas de inovação das empresas desenvolvem soluções tecnológicas que serão colocados em prática pelas inúmeras famílias empreendedoras que sustentam a produção agrícola e negócios relacionados ao agronegócio. O conhecimento prático e vivenciado é fundamental para a boa adaptação de qualquer tecnologia de ponta, afinal, cada região tem um clima e solo em particular. É neste contexto que a sucessão no campo se torna ainda mais importante. Como transmitir estes conhecimentos e experiências para os sucessores? Como criar condições para que haja um bom equilíbrio entre as práticas tradicionais e a adoção de inovações?”, destaca Mizumoto.
Entre os problemas na sucessão familiar no campo o professor destaca a falta de conhecimento, planejamento e comunicação. “É fundamental que se conheça como organizar um processo de sucessão, sobre como preparar o sucessor e quem vai ser sucedido. Outro ponto é o planejamento que considere como os objetivos individuais, da empresa e da família poderão ser conciliados. O terceiro ponto é a comunicação que muitas vezes é negligenciada por assumir que em família todos sabem muito um do outro, é preciso muito cuidado em não assumir premissas equivocadas e muita atenção para se manter um ambiente confiável para trocas”.