Com maior inclusão de grãos e farelos na dieta dos bovinos, uso de aditivos naturais auxilia em melhor desempenho do animal
As pastagens escassas e de baixa qualidade, características do inverno e do período de seca, exigem atenção especial no manejo dos bovinos de corte. Isso porque, a maior inclusão de grãos e farelos na alimentação aumenta a exposição às micotoxinas, o que pode prejudicar o desempenho do animal. Complementar a dieta com suplementos proteicos e energéticos contribui para melhorar a produtividade e garantir a rentabilidade nesta época do ano.
Entre as suplementações indicadas está a utilização de adsorventes naturais, prática adotada por diversos produtores de gado de corte, como é o caso de Adam Perrone. Com a produção de 8 mil animais/ano em Goiás (GO), o produtor notou na prática os problemas no confinamento, devido a contaminação de micotoxinas. “O gado mostrou baixo desempenho, com menor consumo e rendimento de carcaça, chegando até a morte, em alguns casos”, explica Perrone, o que fez com que o criador optasse pela adição de adsorvente na dieta, no caso, o Mycosorb A+.“Os animais se alimentam muito melhor e, desde então, não tive nenhum caso de morte por causa das substâncias tóxicas”, ressalta.
Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) em parceria com a Alltech do Brasil, bovinos de corte confinados que consomem micotoxinas têm sua saúde e desempenho afetados. O estudo comparou o impacto dessas substâncias tóxicas nos animais com e sem a utilização de adsorventes naturais. O resultado mostrou que os bovinos que consumiram rações contaminadas com micotoxinas e com a adição de adsorvente ganharam 121g de peso médio diário ajustado a mais do que os animais que consumiram as rações sem o suplemento.
Segundo a zootecnista Letícia Custódio, doutoranda que conduziu o estudo, atualmente alguns aspectos importantes estão em discussão a nível mundial, entre eles a utilização de produtos naturais para a produção de gado. “Acredito ser extremamente importante estudos de produtos que levam em consideração a saúde dos animais, principalmente quando esse refletirá na saúde humana e ao mesmo tempo, focando no retorno econômico para o setor agropecuário. Assim, conseguimos produzir mais e com um nível mais elevado de qualidade, que é o que o mercado está exigindo”, destaca.
Alerta
O zootecnista e gerente de vendas da Alltech para gado de corte, Carlos Zilioti, explica que dificilmente são eliminadas 100% das micotoxinas na produção, uma vez que são conhecidos mais de 500 tipos da substância. “Qualquer ambiente pode favorecer o aparecimento de fungos no alimento animal, e isso não é um problema. O problema é quando você estressa esse fungo e ele libera a micotoxina, que causa uma série de problemas ao gado”, explica.
O especialista ressalta ainda a importância da introdução do adsorvente de amplo espectro de atuação na dieta. “O adsorvente funciona como uma esponja, pois tem uma composição que atrai essa micotoxina, a qual é excretada sem ser absorvida pelo organismo do animal, como faz o Mycosorb A+, da Alltech”, esclarece. Segundo Zilioti, a utilização da suplementação de forma estratégica deve estar aliada à qualidade e armazenamento dos grãos e farelos, o que contribui com o melhor rendimento da produção.
Sobre a Alltech
Fundada em 1980 pelo empresário e cientista irlandês, Dr. Pearse Lyons, as soluções da Alltech melhoram a saúde e o desempenho de animais e plantas, por meio da nutrição natural e da inovação científica, utilizando leveduras, nutrigenômica e algas. Com aproximadamente 100 unidades industriais em todo mundo, a Alltech é líder na produção de leveduras e minerais orgânicos, além de ter como referência a planta de produção de algas no Kentucky (EUA), modelo existente em apenas mais um lugar no mundo. A empresa segue os princípios da ACE (Animal, Consumer and the Environment) e busca desenvolver soluções seguras para os animais, consumidores e meio ambiente e, para alcançar esse objetivo, conta com uma equipe de mais de 5000 colaboradores.
Alltech é a única empresa de capital fechado entre as cinco maiores empresas de saúde animal no mundo, o que confere vantagem competitiva permitindo a empresa se adaptar rapidamente às necessidades emergentes dos clientes e manter o foco na inovação. A sede mundial está localizada em Lexington, Kentucky (EUA), sendo que o Brasil é o segundo maior volume de produção mundial do grupo. A Alltech do Brasil é formada por uma unidade fabril em São Pedro do Ivaí (PR) e por um centro administrativo e planta industrial em Araucária (PR) e uma unidade em Indaiatuba (SP). Mais informações: http://pt.alltech.com/.
Por Agronews