Tendo em vista que o intestino é a primeira linha de defesa do leitão, exercendo papel fundamental no sistema imunológico, precisamos manter sua integridade, construindo dessa forma uma importante barreira contra os desafios enfrentados nas fases de crescimento e creche. Caso essa primeira barreira seja rompida, patógenos acabam iniciando o processo de contaminação, causando desafios sanitários e quedas no desempenho. A partir daí, mesmo em casos em que o animal aparenta recuperação, dificilmente ele atingirá o máximo desempenho assim como aqueles que não passaram por desafios. Neste cenário, uma das ferramentas que o produtor tem à disposição é a suplementação da dieta com aditivos que promovam um ambiente intestinal eficaz, assegurando a sanidade e o desempenho
Os antimicrobianos já são popularmente utilizados neste sentido, porém, seguem cada vez mais cercados de restrições de uso. Por isso, é preciso buscar alternativas que respondam muito bem aos desafios intestinais. Uma solução que vem ganhando destaque e com um forte embasamento científico é a suplementação com cobre orgânico nas fases de creche, crescimento e terminação para suínos.
O cobre já é considerado um dos minerais fundamentais na dieta dos suínos desde longa data, pois contribui com funções extremamente importantes, tais como: auxilia no bom funcionamento do sistema imune, na manutenção da atividade enzimática e do metabolismo do ferro, assim como da síntese da hemoglobina. Por estar envolvido na formação de colágeno, também tem importante papel no desenvolvimento e crescimento ósseo.
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Doses já estabelecidas como a de 6mg/kg a 12 mg/kg (ROSTAGNO, 2017) são o requerimento de leitões pós desmame, para prevenir sintomas de deficiência de cobre. Porém, muitos estudos comprovam que a suplementação com doses elevadas de cobre na dieta (50 ppm a 250 ppm) promovem um incremento das taxas de crescimento ainda maior do que se comparado à utilização de doses subterapêuticas de antimicrobianos promotores de crescimento (HARPER, 2002).
Cromwell et al. (2001) propõem que o mecanismo de ação do cobre em altas doses é semelhante ao do antimicrobiano, causando uma alteração positiva na microflora intestinal. Além disso, estudos afirmam também que o cobre tem função importante no desenvolvimento e maturação dos enterócitos, gerando uma maior área de absorção de nutrientes e, consequentemente, influenciando para uma melhor resposta em ganho de peso. (HAMPSON, 1986).
Como escolher a melhor suplementação de cobre?
Para obter bons resultados com a suplementação de cobre na dieta, é preciso levar em conta alguns fatores como a origem do cobre, a procedência, a tecnologia empregada no desenvolvimento do aditivo e as pesquisas científicas já desenvolvidas com a solução.
Com a devida atenção à suplementação com cobre, é possível melhorar a saúde intestinal da granja, atendendo as exigências nutricionais e os anseios do mercado que cada vez mais vê com maus olhos o uso de antimicrobianos para melhoria de desempenho.
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz
Por Sarah Antunes/Médica Veterinária