No comércio mundial de commodities, prevalecem as operações movimentadas pelas tradings. Originam aqui e vendem acolá.
No comércio de proteína animal, manda o B2B (business to business), porque os grandes jogadores são players frigoríficos que exportam direto para os compradores, que em mercados capilarizados podem até ser distribuidores.
Com a brasileira KIT, a Garra International está nesse negócio e acredita que pode quintuplicar seu faturamento de US$ 200 milhões para US$ 1 bilhão em 10 anos, atraindo mais participantes de menor porte e que precisam de um apoio para garantirem penetração internacional.
O grupo neozelandês concluiu, depois de dois anos, a joint venture com a empresa fundada por Frederico Kaefer e com o portfólio agregado movimenta atualmente 120 mil toneladas anuais de carne suína, bovina, de aves e de carneiro.
E um dos diferenciais para essa ambição é a oferta de pagamento antecipado, antes do embarque do contêiner, para os fornecedores, explica Kaefer, que está mantido como CEO da companhia, com sede em Cascavel (PR).
A Garra tem bases já em 10 países, nos quais a oferta de frigoríficos de menor porte é mais marcante, mas já faz trader com 60 mercados, movimentando mais de seis mil contêineres anuais.
Nesta terça e quarta, nova reunião do Copom, do Banco Central, deve partir para nova alta na taxa Selic. Mas não resolverá, como se espera, a possível redução do dólar e o recuo da inflação.
Na última reunião, há 40 dias, nada mudou, quando foi a mais 1 ponto percentual, para 5,25% ao ano.
Agora, as projeções estão entre mas 1 a 1,25 pp.
Por fundamento, juros mais altos atraem dólares para a renda fixa e títulos do governo, fazendo valorizar o real.
Enquanto isso, a inflação cede, porque as importações ficam mais amigáveis.
Mas com o risco Brasil em ascensão, dificilmente vai ocorrer.
O dólar vai continuar sendo moeda de refúgio e a inflação está inflexível por conta dos combustíveis, energia elétrica e commodities mais caras no mercado internacional.
A safra de cana está acabando no Centro-Sul. Morte súbita, isto é, vai encerrar praticamente dois meses antes da média de cada ciclo, que é em dezembro.
A quebra acentuada dos canaviais, por secas e geadas, derrubou em 60 a 70 milhões de toneladas a produção, para 530 a 540 milhões/t.
E isso vai acabar endurecendo os preços dos etanóis, porque a entressafra será mais longa, até abril de 2022.
O Mato Grosso, porém, leva a vantagem da produção do etanol de milho, que, pelo menos para o biocombustível hidratado, terá uma margem mais confortável para o consumidor, até porque o consumo no estado, com baixa população, demanda menos etanol de cana para compor as necessidades locais.
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