Mercado do trigo está a todo vapor, influências externas e internas impulsionam o preço no Brasil, veja mais informações a seguir.
Nas últimas semanas, o mercado do trigo registrou uma significativa valorização dos preços, movimento alimentado por um contexto de forças externas e internas que favorecem os produtores locais. De acordo com as análises do mercado, a alta nas cotações na Bolsa de Chicago – referência global para o preço do cereal – somou-se à expectativa de um possível edital de compra governamental, o que fortaleceu as cotações internas.
Mercado externo pressiona para cima
A variação positiva nas cotações do trigo na Bolsa de Chicago atua como um vetor de impacto direto para o mercado do trigo, contribuindo para elevar o preço no Brasil. O trigo, amplamente negociado no cenário global, segue as oscilações da principal bolsa agropecuária dos Estados Unidos, refletindo na precificação de commodities em todo o mundo.
Esse movimento não só sustenta uma alta local, mas também intensifica o ânimo dos produtores brasileiros que, com preços melhores, encontram maior atratividade econômica. Outro ponto de destaque no cenário nacional é a possível intervenção do governo federal, que deve lançar um edital para compra, visando garantir o abastecimento interno.
Tal iniciativa, se confirmada, tende a aumentar a demanda pelo cereal brasileiro, gerando uma competição adicional com o mercado externo, o que pode resultar em preços ainda mais elevados. Para os agricultores, a expectativa do apoio governamental surge como um alívio em meio a um cenário de intensas colheitas, que normalmente resultariam em maior oferta e pressão de baixa sobre os preços.
Importações seguem em alta
Embora a colheita do trigo brasileiro esteja em plena atividade, o país também vem importando volumes expressivos. Somente no mês de outubro, as importações alcançaram 552,4 mil toneladas, um recorde para o mês nos últimos cinco anos. Até o momento, em 2024, o Brasil importou cerca de 5,7 milhões de toneladas de trigo, o maior volume registrado para o período desde 2013. Essa cifra reflete a demanda consistente e as necessidades de abastecimento interno, impulsionadas também pela dinâmica de preços mais elevados.
A alta nas cotações afeta diretamente o custo de produtos derivados, como o pão e outros alimentos de consumo diário, que tendem a seguir os movimentos do mercado. Com a possibilidade de um edital de compra do governo e o preço influenciado pela alta internacional, o consumidor brasileiro pode sentir um impacto no preço final dos produtos nos próximos meses.
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