Em suas primeiras projeções sobre o possível comportamento da carne de frango no ano que vem entre os 28 paises integrantes da União Europeia, o Departamento de Agricultura dos EUA estima que a produção vindoura terá um índice de crescimento muito similar ao esperado para 2017, de cerca de 1,5%
Sobem, também, as vendas externas do produto europeu. Isto, depois de um recuo de quase 2% em 2017, causado principalmente pelos inúmeros surtos de Influenza Aviária que afetaram praticamente todo o bloco na maior parte do corrente exercício.
A expectativa, neste caso, é a de que as exportações aumentem perto de 2,5% e fiquem em torno de 1,280 milhão de toneladas. Mas mesmo isto representa aumento de menos de meio por cento em relação a 2016.
No tocante às importações de carne de frango, o USDA estima que terão crescimento zero em 2018. Isto, no entanto, após uma redução que, em 2017, deve superar os 5,5%, afetando principalmente as exportações brasileiras, principal fornecedora dos europeus. Efeito, sobretudo e ainda, dos desdobramentos da Operação Carne Fraca – como explica o analista do órgão norte-americano.
De toda forma, o Brasil (com cerca de 330 mil/t em 2017) e Tailândia (agora com mais de 270 mil/t e, portanto, se aproximando do Brasil) permanecem como principais fornecedores da União Europeia. É provável, no entanto que ambos percam mercado em 2018, pois o terceiro fornecedor europeu, a Ucrânia, vem expandindo significativamente seu fornecimento a partir de um acordo de livre comércio com a UE e graças à proximidade do bloco.
Finalmente, em relação ao consumo, o USDA prevê que se manterá estável no biênio 2017-2018, acompanhando apenas o crescimento vegetativo local. Isto, note-se, porque a carne de frango continua mais acessível ao consumidor europeu que as carnes bovina e suína.
A propósito, o analista do USDA observa que em 2017 as classes de baixa renda reduziram o consumo de proteínas, direcionando-o para os carbohidratos – macarrão, por exemplo. E cita, ainda, que as vendas dos cortes mais baratos de carne de frango (asas, pés, pernas) se expandiram muito mais que as de peito de frango ou do frango inteiro. Ou seja: consumidor em dificuldade não é privilégio brasileiro. No caso europeu, isto deve se estender a 2018.
Em seu levantamento, o USDA também aponta os principais países produtores de carne de frango da União Europeia (gráfico abaixo, à direita). Mostra, por exemplo, que a Polônia lidera a produção, com 18% do total produzido. Supera, assim, a produção somada de outros 18 países (não integrantes do rol principal) responsáveis, em conjunto, por 15% da produção da UE.
Fonte: Avisite