No início deste ano, mergulhamos no mercado de peixes de cultivo para analisar os indicadores e tendências que definem o cenário. Acompanhando o indicador Cepea peixe BR, observamos a dinâmica dos preços, com foco especial na tilápia, que continua a ser um destaque significativo.
Veja a análise completa feita por Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Piscicultura – Peixe BR. Aperte o play e confira!
Mercado de peixes
Iniciando pelo coração econômico do país, nos Grandes Lagos, São Paulo e Mato Grosso do Sul, o indicador Cepea revela uma ligeira redução de 0,03 centavos para a tilápia. O preço médio fixou-se em R$ 9,71. Esses números indicam uma estabilidade relativa, mas, como sabemos, o mercado é suscetível a mudanças rápidas.
Ao descermos pelo mapa, entramos no Paraná, onde as variações regionais são notáveis. Na região norte, a redução foi de 0,02 centavos, resultando em um preço médio de R$ 10. Já no oeste do Paraná, a queda foi um pouco mais expressiva, atingindo 0,04 centavos e estabilizando-se em R$ 9,61. Essa diversidade regional destaca a complexidade do mercado, influenciada por uma variedade de fatores, desde condições climáticas até logística.
Minas Gerais apresenta um mercado instável, com uma diminuição marginal de 0,01 centavos. O preço médio registrado foi de R$ 9,51. Vale ressaltar que esta é a segunda semana consecutiva de negócios reduzidos, com muitas empresas operando em férias coletivas. A expectativa é que, com a retomada plena das atividades na segunda semana de janeiro, as negociações se intensifiquem.
Quanto à tilápia, um ponto de destaque é a oferta abundante de alevinos pequenos, satisfazendo a demanda do mercado. No entanto, a demanda por peixes juvenis continua superando a oferta. Este desequilíbrio, embora temporário, destaca a dinâmica complexa entre produção e demanda no setor de aquicultura.
Mercado de peixes nativos e expectativas para 2024
No que diz respeito aos peixes nativos, o mercado apresenta um ritmo mais lento, comum para essa época do ano. Contudo, as expectativas otimistas para 2024 são fundamentadas na crença de que o mercado permanecerá robusto. Os produtores, embora otimistas, expressam preocupações em relação às políticas governamentais, destacando-as como potenciais fontes de risco.
A primeira semana, marcada pela tranquilidade típica do início do ano, serve como um prelúdio para o que está por vir. Com a aproximação da Quaresma, espera-se uma intensificação nas atividades comerciais, especialmente para peixes de cultivo. O mercado, resiliente como sempre, pode surpreender à medida que o ano avança.
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