Receita cambial com a venda de cafés diferenciados nos quatro primeiros meses deste ano cresce 65,8% ao atingir US$ 620,8 milhões
Nos quatro primeiros meses deste ano de 2022, o Brasil exportou o equivalente a 2 milhões de sacas de 60kg de cafés diferenciados, que são cafés que agregam valor adicional tanto nas vendas internas como nas externas por terem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. Tal volume físico correspondeu a 14,7% do total de café exportado pelo Brasil de janeiro a abril deste ano. A receita cambial obtida com as exportações dos cafés diferenciados foi de US$ 620,8 milhões, montante que correspondeu a 19,8% do total gerado com as exportações de todos os tipos dos Cafés do Brasil, e representou um expressivo aumento de 65,8% se comparado com a receita obtida no primeiro quadrimestre de 2021.
O total das exportações dos Cafés do Brasil nos quatro primeiros meses deste ano, incluindo todos os tipos de cafés, foi de 13,6 milhões de sacas de 60kg, volume físico que representa uma redução de 10,6% se comparado com o mesmo período de 2021. Com relação à receita cambial obtida pelo País, houve um aumento de 56,3% ao atingir US$ 3,13 bilhões, contra os US$ 2 bilhões de 2021. Esse expressivo aumento na receita cambial se justifica pelas cotações elevadas da saca de café e pelo alto valor do dólar.
Com relação à participação percentual nas exportações por tipos de cafés (arábica, robusta e solúvel) vendidos no período em destaque, verifica-se que o café da espécie arábica representou 87,2% das exportações, com o equivalente a 11,8 milhões de sacas. Adicionalmente, o café solúvel, com exportação equivalente a 1,22 milhão de sacas de 60kg, representou 9% do total, enquanto que os cafés da espécie robusta, com a venda ao exterior equivalente a 509,5 mil sacas, corresponderam a 3,7%.
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Os números e demais dados do desempenho das exportações dos Cafés do Brasil que permitiram realizar esta análise, entre várias outras informações relevantes do setor, constam do Relatório mensal abril 2022, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Finalmente, vale destacar os cinco principais destinos das exportações dos Cafés do Brasil, num ranking em ordem decrescente, nos quatro primeiros meses de 2022. Houve uma mudança na primeira colocação, com a Alemanha assumindo o posto de maior país importador dos Cafés do Brasil com o equivalente a 2,54 milhões de sacas de café importadas, as quais correspondem a 18,7% do total vendido no período; seguida pelos Estados Unidos, tradicional líder, com 2,5 milhões de sacas importadas (18,4%); Bélgica, em terceiro, com 1,42 milhões de sacas (10,4%); Itália, na sequência, com aproximadamente 1,2 milhão de sacas (8,8%); e Japão, na quinta colocação, com 641,75 mil sacas (4,7%).
Assim, além desses assuntos, os Relatórios mensais divulgados pelo Cecafé trazem ainda várias informações e análises sobre exportações de café por continente, grupo e bloco econômico, principais destinos e portos de embarque das exportações, perfil do consumo mundial de café, participação brasileira nas exportações mundiais de café, dados da balança comercial, etc. que valem a pena serem consultados. O Relatório mensal abril 2022 ainda trás um artigo sobre cafeicultura sustentável, destacando a liderança do Brasil também no fornecimento de cafés sustentáveis.
Por Embrapa
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