Desde 2016, produtores acreanos contam com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do milho
O Zarc informa sobre as épocas mais propícias para semeadura do milho de primeira e segunda safras, com cultivares de ciclo precoce, médio e tardio, em solos de textura arenosa, média e argilosa. As janelas de plantio definidas pelo Zarc se aplicam às cinco regionais do estado (Alto Acre, Baixo Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá). Essas informações proporcionam maior segurança na atividade produtiva e facilitam o planejamento da safra, essencial para o sucesso da lavoura.
De acordo com o pesquisador da Embrapa, Falberni Costa, em função das chuvas que se mostram cada vez menos intensas no estado, para a primeira safra, que envolve variedades de milho comuns (convencional), a recomendação é realizar o plantio nos meses de setembro e outubro, para colher em janeiro. Para a segunda safra o período indicado para a semeadura é entre março e abril, com colheita de acordo com o ciclo da variedade utilizada, mas geralmente em junho e julho. Plantar no início da janela reduz os riscos de uma colheita tardia, que pode atrasar a safra seguinte.
“Quem utiliza variedades de milho precoce também deve fazer o plantio logo que iniciar a janela recomendada (começo de outubro), para evitar veranicos que podem comprometer a safra. Produtores que seguem as orientações do Zarc ficam menos sujeitos a prejuízos decorrentes de problemas climáticos. Entretanto, além das janelas de plantio, é essencial que o produtor rural adote as demais medidas necessárias para o desenvolvimento dos cultivos e sucesso na produção”, ressalta o pesquisador.
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Planejar com antecedência
A agricultura envolve riscos de natureza diversa, que podem afetar a segurança alimentar e a economia local, regional ou nacional. Uma forma de minimizar esses riscos é realizar cada etapa da cultura no tempo recomendado. Conhecer as épocas adequadas para plantio facilita o planejamento da safra agrícola, processo que inclui a aquisição de sementes e fertilizantes, contratação de mão de obra e outros gastos envolvidos na produção.
“Na cultura do milho, a safra deve ser planejada com o mínimo de seis meses de antecedência do plantio. O ideal é que após a colheita da segunda safra se comece a planejar a safra convencional do ano seguinte. Os agricultores que se antecipam nesse planejamento otimizam o tempo nas atividades produtivas, conseguem insumos a preços mais acessíveis, evitam despesas desnecessárias e podem obter vendas antecipadas para a produção”, ressalta Costa.
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