Nas previsões do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em 2019 serão produzidas, mundialmente, 97,892 milhões de toneladas de carne de frango, volume que, uma vez confirmado, significará expansão de quase dois terços (64%) em relação ao que foi produzido no último ano do século passado, 2000
Nesse período, o ranking dos cinco maiores produtores sofreu apenas uma alteração: o México, quinto produtor mundial em 2000, cede a posição para a Índia. Ou seja: permanecem os outros quatro maiores produtores – pela ordem, em 2000, EUA, China, União Europeia e Brasil – com a grande diferença, agora, de que o Brasil ultrapassou China e União Europeia, tornando-se segundo maior produtor mundial de carne de frango.
Sob esse aspecto, aliás, o Brasil será o único entre os quatro a registrar aumento de participação na produção mundial: de 10% em 2000 para 14% em 2019. A participação dos EUA recua de 27% para 20%; a da China (afetada pela Influenza Aviária), de 20% para 12%; e a da União Europeia, de 14% para 13%.
Mas quem mais influencia essas perdas são os demais países produtores. Cujo volume no período analisado aumentou mais de 135%, enquanto no grupo dos cinco maiores produtores a expansão ficou em não mais que 40%.
Em outras palavras, os cinco maiores produtores, responsáveis por 75% do volume mundial de carne de frango em 2000, agora respondem por menos de 65% do total – uma queda de participação de quase 15%.
Já os demais países produtores elevaram sua participação de (perto de) 25% para mais de 35% – um incremento próximo de 44% que significa não só maior disponibilidade para o atendimento do consumo próprio, mas também aumento de concorrência para os países exportadores.
Isso, sem dúvida, ajuda a explicar os percalços dos últimos anos nas exportações de carne de frango.
Fonte: Avisite