É até compreensível afirmar que os fracos resultados de fevereiro se devem ao mês ao mais curto. Mas isso só vale na comparação com o mês anterior. Assim, como explicar esses fracos resultados em relação ao mesmo mês do ano passado, se fevereiro de 2017 teve o mesmo número de dias?
A realidade é que fevereiro de 2018 apresentou resultados muito aquém dos esperados e desejados – a despeito de as exportações do primeiro bimestre de cada exercício serem, normalmente, incipientes.
Assim, comparativamente a janeiro de 2018 praticamente todos os quesitos analisados – volume, preço médio e receita cambial – apresentaram resultado negativo. A única exceção – de pouca expressão – recaiu sobre o preço médio da carne de frango, que se valorizou 1,67% no mês.
Já na comparação com fevereiro de 2017, só a carne bovina apresentou evolução de volume (+24%), desempenho que, apesar do retrocesso de quase 3% no preço médio do mês, redundou em uma evolução positiva da receita (+20%). Mas isso só ocorreu porque a base de comparação (o volume de um ano atrás) foi baixa. Aliás, a segunda mais baixa do ano que passou.
Como resultado principal, a receita cambial acumulada pelas três carnes no mês de fevereiro retrocedeu ao segundo menor valor dos últimos 24 meses. Ou seja: nesse período só perde para o fraco desempenho enfrentado no mês de abril de 2017, ocasião em que as exportações foram fortemente afetadas pela deflagração, no mês anterior, da Operação Carne Fraca. Que, próxima de completar um ano, continua causando sérios prejuízos a todos os segmentos produtores/exportadores de carnes.
Fonte: Avisite