Frente fria alivia calorão no Sul do Brasil
Confira a análise do Boletim CLIMATEMPO 05 de janeiro 2022 e veja a previsão do tempo em todo Brasil.
O destaque fica para uma frente fria que chegou ao litoral do Rio Grande Sul nesta terça-feira, 4 de janeiro de 2022, estimulando o aumento de nuvens e a chuva no Sul do Brasil. A mudança no tempo veio na hora certa para aliviar o calor extremo.
O Rio Grande do Sul foi o lugar mais quente do Brasil nos últimos três dias. Ontem, a temperatura chegou aos 39,1°C em Quaraí, no dia 2 fez 41,1°C em Campo Bom e no dia 1 de janeiro fez 40,9°C em Uruguaiana.
Em Porto Alegre (RS), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 37,0°C de temperatura máxima no domingo (02), sendo a tarde mais quente na capital gaúcha desde o dia 11/01/2021, quando fez 38,4°C.
Risco de chuva forte
Todo esse calor armazenado na atmosfera nos últimos dias, em contato com o ar mais frio que vem com a frente fria, vai facilitar a formação de grandes nuvens que podem provocar temporais no Sul do Brasil nesta terça-feira.
O risco de tempestade é maior sobre o Rio Grande do Sul, no centro-oeste de Santa Catarina e no sul do Paraná, mas as demais áreas gaúchas, do interior de Santa Catarina e do Paraná podem ter pancadas de chuva moderadas a fortes.
Tendência
Para a quarta-feira, 5 de janeiro, ainda há previsão de chuva para quase todo o Sul do Brasil, exceto para a o sudoeste gaúcho. Já na quinta e na sexta-feira, as pancadas devem se concentrar sobre Santa Catarina e Paraná. Veja como vai ficar o clima nas demais regiões do país nesta quarta-feira.
Assista abaixo o Boletim CLIMATEMPO 05 de janeiro 2022
Temporais se espalham por SP na primeira terça-feira do ano
Instabilidades em vários níveis da atmosfera seguem atuando ao longo desta terça-feira (04). Já chove em toda a Região Metropolitana de São Paulo. As 11h44, a cidade entrou em estágio de atenção para alagamentos, segundo o Centro de Gerenciamento da Cidade de São Paulo – CGE.
Até as 12h21, não foram registrados pontos de alagamento. Por volta das 12h22, chove com moderada a forte intensidade em áreas da zona norte e oeste da Grande SP. Em Barueri, as rajadas de ventos chegaram aos 42 km/h por volta do meio-dia. No aeroporto de Campo de Marte, localizado na zona norte da capital, os ventos chegaram aos 46 km/h no mesmo horário.
Atenção! A tendência é que os temporais persistam até o fim desta terça-feira.
A Climatempo alerta para o alto risco de queda de árvores e formação de alagamentos, além de proporcionar condições para possíveis extravasamentos de rios e córregos. A sequência de dias com chuva desde o final de dezembro eleva também os riscos para deslizamentos de terra.
Falta de chuva dificulta semeadura da soja no RS
A escassez de chuva no Rio Grande do Sul dificulta um avanço expressivo na semeadura da soja. No momento, o plantio alcança 93% da área estimada no estado gaúcho. De acordo com o último informativo da Emater-RS, do dia (30/12), do total plantado, 90% está em fase de germinação ou desenvolvimento vegetativo, 10% em floração.
Sob os efeitos do déficit hídrico, a colheita das lavouras de milho avança e estima-se que 7% da área já tenha sido colhida. Assim como da soja, o plantio do milho também chega a 93% do total da área estimada, sendo que 26% está em germinação e desenvolvimento vegetativo, 17% em floração, 27% em enchimento de grãos, 23% em maturação. A área colhida já atinge 7%.
Arroz
Com a semeadura tecnicamente encerrada, as lavouras de arroz se desenvolvem dentro da normalidade. O plantio chega a 99% da área estimada, sendo que 88% está em germinação e desenvolvimento vegetativo, 11% em floração e 1% em enchimento de grãos.
Olerícolas
Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições climáticas condicionam a produção, especialmente na Fronteira Oeste. As altas temperaturas e a insolação demandam o uso de estruturas de proteção e o maior aporte de irrigação.
Frutícolas
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a situação de déficit hídrico está comprometendo as culturas citrícolas. A falta de chuva tem acentuado o murchamento de folhas e aumentado a queda de frutos ainda em desenvolvimento.
As culturas do melão e melancia seguem em colheita, com condição fitossanitária das plantas excelente e frutos saborosos. Já, a maturação das uvas das variedades americanas começou na região.
Tendência do Clima
Como vimos neste Boletim CLIMATEMPO, neste começo de semana há condições para pancadas de chuva na Região Sul do Brasil. Os maiores acumulados são esperados no Paraná. Em Maringá, o acumulados pode ultrapassar os 60mm no decorrer dos próximos dias. O calor pode diminuir um pouco, mas não faz frio. No Rio Grande do Sul, há previsão de chuva pontual e de curta duração. O calorão de 40ºC diminui, principalmente no interior.
No Sudeste, há previsão de bastante chuva com previsão de mais de 150mm de chuva, principalmente no centro-sul de Minas Gerais, incluindo áreas do estado de São Paulo como a faixa leste, Vale do Paraíba e áreas próximas e de divisa com Minas Gerais como o triângulo mineiro.
No Matopiba, os produtores enfrentam chuva nos próximos dias. No oeste da Bahia, a chuva persiste e a pouca luminosidade tem prejudicado o desenvolvimento das lavouras.
No período de 09 a 15 de janeiro, ainda chove bastante entre São Paulo e Minas Gerais. A chuva aumenta em Mato Grosso do Sul com maia de 100mm previstos no centro-norte do estado.
No Sul do Brasil, há uma tendência de chuva em torno de 100mm entre o leste de Santa Catarina e do Paraná. No oeste destes dois estados, há uma possibilidade de baixos acumulados de chuva.
Entre o oeste da Bahia, Tocantins, sul do Maranhão e do Piauí, a chuva continua neste período de 09 a 15 de janeiro. Os acumulados podem ficar entre 90 e 100mm o que pode atrapalhar os trabalhos no campo. Em Mato Grosso volta a chover forte e pode paralisar momentaneamente a colheita da soja no estado.
Fonte: CLIMATEMPO
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