O evento também foi palco para apresentação do Instituto Mato-grossense da Carne, criado em 2016, que já se solidifica no cenário mundial, colocando o Brasil entre os únicos países que possuem um Instituto do gênero
Showcase da carne mato-grossense reuniu lideranças políticas do cenário nacional, entre eles oito ministros, deputados estaduais e toda a bancada mato-grossense, além de representantes da imprensa, do agronegócio e da cadeia produtiva na noite de quarta-feira (05.04).
O evento, realizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado (Sindifrigo), contou com um público aproximado de 250 pessoas, em jantar na Churrascaria Fogo de Chão, em Brasília (DF), onde o prato principal era a carne genuinamente mato-grossense. O trio Pescuma, Henrique e Claudinho conduziram a apresentação musical.
A iniciativa teve como objetivo mostrar que a carne bovina produzida no Estado tem qualidade na procedência, desde o campo à mesa do consumidor. Mato Grosso possui um rebanho bovino de mais de 30 milhões de cabeças (bovinos e bubalinos) e exporta para cerca de 150 países, sendo considerado referência nacional e ocupando a segunda posição como o maior exportador de carne do Brasil. Portanto, exerce um importante peso na balança comercial.
“O evento não superou as expectativas porque a carne de Mato Grosso está acima até das expectativas. É um orgulho ser governador de Mato Grosso, um Estado que produz muito, ajuda muito o Brasil. Agora, o Brasil precisa olhar diferente para Mato Grosso. Um evento como este, tem a importância de mostrar a qualidade da nossa carne. Mato Grosso é o Estado que tem o maior rebanho bovino do país, isso mostra a força da agricultura, da pecuária do nosso Estado. Mostra que Mato Grosso tem muito a contribuir com o Brasil”, pontuou o governador Pedro Taques.
As exigências das autoridades locais demonstram a eficiência do trabalho realizado em todo o território mato-grossense, fato que levou o Estado a ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como área livre de febre aftosa há mais de duas décadas e há 11 anos alcança índices de vacinação acima de 99%, sendo que em 2016 esse percentual atingiu 99,62% do rebanho.
O ministro de Desenvolvimento Agrário e Familiar, Osmar Terra, disse ter convicção absoluta da representatividade mundial, uma vez que o Brasil é o maior produtor de carne do mundo e de excelente qualidade. “Tenho convicção que Mato Grosso é um exemplo, é um modelo para o Brasil e para o mundo na produção tanto de animais como de frigorífico, produção em geral, tanto de grãos, de tudo. Mato Grosso é uma das grandes locomotivas do Brasil. Certamente uma das melhores carnes do mundo é produzida em Mato Grosso”, disse o ministro ao destacar que o Imac, com a proposta que de aperfeiçoar, de pesquisar, de dar qualidade e selo para o produto ajuda muito a melhorar ainda mais o que já era bom.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ricardo Tomczyk, o evento consagrou-se por reunir políticos e formadores de opinião, para mostrar o que Mato Grosso tem de melhor, é o maior produtor, mas acima de tudo, produz com qualidade, respeitando as exigências de sanidade animal. “Trouxemos aqui o que há de melhor na nossa carne para mostrar para o Brasil e para o mundo que a nossa carne é boa, é saudável e que temos condições de continuar fornecendo não só para o Brasil mas para o mundo todo com constância e com qualidade”, garantiu Tomczyk.
A carne servida no Showcase foi doada por diversos frigoríficos de Mato Grosso, por intermédio do Sindifrigo, que participou de forma inédita no processo. “Um evento desse porte eu nunca tinha visto antes, a gente sabe da importância de estar junto, a importância que tem esse segmento, o agronegócio, a agropecuária mato-grossense e brasileira é a que mais gera emprego no país, então, sem dúvida nenhuma a iniciativa do governador em estar realizando um evento como este é louvável, a gente tem que reconhecer e estamos satisfeitos com a parceria que não pesou para ninguém, vários frigoríficos fizeram questão de contribuir com um pouco e a festa foi um sucesso”, destacou o presidente do Sindifrigo Luiz Antônio Martins.
IMAC
O Instituto Mato-Grossense da Carne, com pouco menos de um ano de criação (2016), sendo o sexto no mundo e o primeiro no Brasil, também foi o centro das atenções no Showcase. Isso porque, ele nasceu com o propósito de desenvolver estudos e trabalhos para atestar a qualidade e segurança da carne, com o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias para uma série de ações como a padronização de carcaças, o controle rigoroso na pesagem e a rastreabilidade da carne. Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Uruguai e Argentina são os únicos países que possuem Instituto semelhante.
A implementação das ações do Imac traz um conjunto de inovações, que envolvem ainda, informações socioambientais, transparência nas balanças instaladas nas unidades frigoríficas, assim como um moderno sistema integrado de informação.
Segundo o presidente do Imac, Wagner Bacchi, as percepções da qualidade da carne de Mato Grosso serão promovidas também através de pesquisas orientadas para o consumidor e varejo, por meio de centros de pesquisas e universidades sempre buscando inovações na excelência do produto. A implementação do trabalho do Imac servirá de parâmetro para outros Estados.
O secretário Tomczyk considera que a criação do Imac é um divisor de águas para a criação da pecuária brasileira, para cuidar da cadeia da carne, da sua rastreabilidade, para oferecer para os clientes o que tem de melhor. “Além de oferecer o produto de qualidade, também divulgar, fazer o marketing desse produto nobre que é produzido em Mato Grosso. Com isso, nós vamos alcançar ainda mais mercados”, pontuou o secretário.
Considerando as condições de divulgação que o estado terá com o Imac, acredita-se que servirá de inspiração para outros estados e para o governo federal a ter iniciativas semelhantes. “Podemos avançar muito na cadeia da carne nacional se a gente souber, primeiro a ter o cuidado com a qualidade e depois com a divulgação desse trabalho”, ponderou Ricardo Tomczyk.