Ministro da Agricultura, que está no exterior, afirma que técnicos da pasta colaboraram com uma das investigações
Em comunicado divulgado na tarde da terça-feira (16/5), o ministro interino da Agricultura, Pecuária Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, afirmou que todos os servidores envolvidos nas operações deflagradas pela Polícia Federal (PF) foram afastados preventivamente por 60 dias e os que tinham cargo de comissão, exonerados. A PF anunciou duas operações na manhã de terça – a Operação Lucas, que investiga corrupção de servidores em benefícios de laticínios e frigoríficos e a Operação Fugu, que se concentrou em Santa Catarina e investiga fraudes em empresas de pescados.
No caso dessa última operação, inclusive, o Mapa informou que colaborou com as investigações durante 9 meses. Técnicos do órgão participaram da operação e houve também o envio de amostras de produtos que foram analisadas pelos laboratórios do Mapa (Lanagro) no Pará.
O ministro Blairo Maggi, que está em missão no exterior, também se manifestou nas redes sociais em relação às operações policiais. Ele disse que está acompanhando os casos pela imprensa e que o Mapa está tomando providências.
Ele também reconheceu que o ministério sabia que outros casos de irregularidades no órgão seriam desvendados pela PF. “Já sabíamos que outros casos viriam à tona, uma vez que, após a Operação Carne Fraca, aumentamos o rigor nas apurações internas, fornecendo inclusive material de apoio à PF e MP. Temos total interesse em extirpar do corpo de funcionários do Mapa, os servidores que mancham a imagem do órgão, não honram o compromisso de trabalhar pelo bem público e servir à sociedade. Por outro lado, tem muita gente trabalhando para mudar a situação e a imagem,” disse Maggi.
Fonte: Revista Globo Rural