Comparando-se os preços da carne de frango exportada pelo Brasil com os índices mensais relativos aos preços do produto no mercado internacional (dados divulgados pela Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO), constata-se que ambos os indicadores têm evolução muito similar, as diferenças existentes sendo pouco significativas
Naturalmente, essa similaridade é absolutamente natural. Pois, sendo o Brasil o maior exportador mundial de carne de frango, é também o principal formador de preço do setor. Assim, na realidade, os preços da FAO são apenas um reflexo aproximado dos preços brasileiros, estes sim mais diretamente influenciados por fatores externos (demanda, concorrência) e internos (disponibilidade, câmbio, etc.).
De toda forma, chama a atenção o fato de, nos últimos 12 meses, estar ocorrendo descolamento entre os preços brasileiros e os da FAO, por ora com vantagem para o Brasil. Assim, se entre janeiro de 2017 e junho de 2016 (nove anos e meio) o preço alcançado pelo produto brasileiro evoluiu, na média, 2,37% acima dos preços levantados pela FAO, nos 12 meses decorridos desde julho do ano passado essa média subiu para 7,39%.
Porém, neste ano (e especialmente no segundo trimestre), enquanto os preços da FAO permanecem em visível estabilidade, os brasileiros, após breve recuperação, voltaram a retroceder. É o efeito, sem dúvida, da Operação Carne Fraca, um comportamento a acompanhar neste segundo semest