Mato Grosso se igualou a São Paulo nas exportações de carne bovina em julho
O Estado paulista lidera o embarque nacional de proteína animal. No mês passado, a venda de 24,460 mil toneladas de carne bovina in natura gerou US$ 107,160 milhões a Mato Grosso, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), coletados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). É o maior valor desde novembro de 2015 e o volume é recorde desde fevereiro de 2014, registra o Imea. Com estes resultados, Mato Grosso cola em São Paulo na geração de receita com a venda de carne (in natura e industrializada), observam os analistas de bovinocultura do Instituto.
Conforme eles, o montante gerado nas terras paulistas foi de US$ 107,590 milhões, ou seja, valor apenas 0,40% maior que o de Mato Grosso. “O Estado que já é o maior produtor de proteína bovina do país, dá sinais de que pode se tornar o maior exportador, bastando apenas um ambiente mais competitivo do ponto de vista logístico”, pontuam no informativo semanal.
Nos 7 primeiros meses, Mato Grosso respondeu por 19,52% das exportações brasileiras de carne bovina, com 174,720 mil toneladas equivalente carcaça (TEC). São Paulo liderou com 193,150 mil (TEC) ou 21,58%.
Na opinião do vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Bellincanta, o envolvimento dos donos dos frigoríficos JBS nas investigações da Operação Lava Jato, assim como a Operação Carne Fraca, provocaram um turbilhão no mercado nacional. “Houve queda drástica no consumo, mas o momento agora é de estabilidade”. Para ele, a recuperação das exportações de carne foram impulsionadas mais pela necessidade de vender dos frigoríficos brasileiros que por uma demanda natural de consumidores internacionais.
“Este aumento é mais por conta da debilidade do mercado interno”, avalia. “A exportação que não é forte ficou como a única opção de escoamento”. Os preços da carne acompanharam o consumo e declinaram. “Agora a arroba do boi gordo voltou a subir, mas a gente vê que exportar nem sempre é melhor, por causa da oscilação do dólar”.
Fonte: Acrimat