Paranaíta realiza neste dia 4 de junho o 2º Encontro Regional do Agronegócio, dando sequência ao projeto de impulsionar a agricultura dos municípios que fazem parte da região do Alto Tapajós. Os representantes de cinco municípios estiveram reunidos em Paranaíta para discutir uma carta de intenções que será apresentada no encontro. O documento vai pautar as principais dificuldades enfrentadas pela nova fronteira agrícola do Estado.
Durante reunião com o prefeito Tony Rufatto e integrantes da Secretaria de Agricultura local, representantes de Alta Floresta, Colíder, Nova Monte Verde e Apiacás elencaram algumas situações que têm preocupado os produtores regionais. As principais estão ligadas à logística e armazenamento da produção que tem aumentado após a realização do primeiro encontro do agronegócio, realizado em abril de 2012. Os produtores também têm demonstrado preocupação com o custo da produção que pode ser barateado, por exemplo, com a exploração de uma jazida de calcário localizada em Apiacás. O objetivo dos representantes do setor produtivo regional é aproveitar o encontro para reivindicar melhorias e atendimento dessas necessidades.
“A região tem mostrado que tem potencial. É importante discutir o que é bom pra os municípios e o que os produtores necessitam para produzir”, observou o prefeito Tony, destacando que os municípios devem estar unidos para melhorar as condições de produção. “Vamos discutir um projeto regional. Não podemos atuar individualmente, temos que ter estruturas e logísticas de transporte e armazenamento para atender a região como um todo”, enfatizou.
O primeiro encontro evidenciou a região no cenário agrícola de Mato Grosso. Agora, a idéia é aproveitar a vinda de autoridades para apresentar projeto defendendo um modelo de produção que atenda a região. Dados da produção regional por município e dos potenciais produtivos devem ser incluídos na carta.
Os municípios já sentem os reflexos positivos do 1º Encontro do Agronegócio. A partir de 2013, uma das culturas com maior rentabilidade na região médio norte, passou a fazer parte da paisagem rural no extremo norte. Estimulados, produtores trocaram a criação de gado pelo cultivo de soja, tendência que ganhou espaço com a morte súbita das pastagens. Apesar desse comportamento, a pecuária regional segue firme. De acordo com dados do Indea, os seis municípios atendidos pela Unidade Regional sediada em Alta Floresta contam com rebanho bovino de aproximadamente 3,7 milhões de cabeça. A atividade é tida como um dos alicerces da economia estadual que tem o maior rebanho de bovinos do país.