O presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Luciano Vacari, apresentou na tarde desta segunda-feira (13.06), ao governador Pedro Taques, o protocolo que define os critérios para atestar a qualidade da carne produzida em território estadual, por meio do selo “Carne de Mato Grosso”. O Imac é o primeiro instituto do país neste segmento e o sexto do mundo. Atualmente, Mato Grosso detém o maior rebanho bovino do Brasil, totalizando mais de 29 milhões de animais.
De acordo com Vacari, o protocolo conta com quatro critérios específicos. O primeiro é a rastreabilidade, que possibilita demostrar a origem dos animais, desde a saída da propriedade até o abate nos frigoríficos. Segundo o presidente, esse acompanhamento será feito por meio da Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica, nota fiscal e marca fogo do proprietário nos animais.
Os demais critérios são o cumprimento de indicadores socioambientais, em que o proprietário precisa comprovar o cumprimento das legislações trabalhistas e ambientais, a inscrição da propriedade junto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e, além disso, as unidades frigoríficas onde os animais serão abatidos precisam conter o sistema estadual de pesagem.
“Cumprindo estes requisitos, o produto recebe a identificação do selo “Carne de Mato Grosso”, que garante ao consumidor a qualidade e que o mesmo cumpriu ainda critérios socioambientais”, explica o presidente do Imac.
Segundo Vacari, há ainda outro critério, que também compõe o protocolo, destinado a atender mercados ainda mais exigentes. Para isso, é necessário que também sejam cumpridos indicadores zootécnicos, que garantem a precocidade dos animais.
Balanças
Além do protocolo, o presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne também apresentou os três pontos de instalação das balanças no Estado, que foram definidos pelo Conselho Deliberativo do Imac. Conforme Vacari, a primeira pesagem será referente ao animal vivo, ou seja, antes da insensibilização. A segunda ocorre após a evisceração. Já a última balança será responsável por aferir os pesos para emissão do romaneio e confecção de nota fiscal.
“Hoje em dia o processo de pesagem, acontece no final da linha produção, em que o frigorífico emite o romaneio, que posteriormente é encaminhado ao produtor, na sequência há a emissão de nota fiscal e por fim o pagamento ao produtor. O novo modelo prevê que o Instituto seja responsável pelo peso, que também emitirá o romaneio, encaminhará este para o produtor e frigorífico. Após esta etapa, o frigorífico, com base no romaneio emite a nota fiscal e então paga o produtor”.
Conforme Vacari, o novo modelo de passagem demonstra a evolução da cadeia da pecuária de Mato Grosso, em que o Estado, os produtores e a indústria frigorífica desenvolveram um sistema para promover a carne mato-grossense e ainda fazer o controle das pesagens dos animais.