Nesse sistema, os piscicultores do município trabalham com 500 tilápias em uma gaiola de 1,5m³, o que, segundo os extensionistas, tem gerado excelentes retornos financeiros em um curto espaço de tempo.
Para esse sistema de produção, o agricultor deve estar atendo a alguns cuidados. Segundo o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar, João Francisco da Silva Gomes, apesar da tilápia aceitar bem a superlotação da gaiola, é necessário manter a proporção de quatro peixes para um metro cúbico de superfície de água. ?Para colocarmos numa gaiola 500 tilápias, temos que ter uma superfície de alague de, no mínimo, 125 m², isto para que se possa fornecer oxigenação suficiente para os peixes. Podemos inclusive ter outros peixes soltos, que não aceitam superpovoamento, como as carpas, porém temos que observar que estas precisam de, no mínimo, mais 4m² para cada peixe?, explica.
Outro fator que merece a atenção do produtor se refere à alimentação dos peixes. Segundo João, a melhor conversão alimentar na piscicultura se consegue com a tilápia, especialmente a criada em gaiola, com uma média de 1 a 1,5 quilo de ração para produzir 1kg de peixe. ?Por isso é preciso escolher rações de boa qualidade, com alta quantidade de proteína, e que o peixe consiga assimilar esta proteína. Existe algumas marcar de ração, com alta proteína, mas que os peixes não conseguem assimilar a mesma?, atenta.
Contudo, a criação de tilápias em gaiolas possui algumas restrições para a região. Uma delas é a temperatura das águas, que tem que estar acima de 20º, e outra, a ocorrência de abigeato. ?Quanto a temperatura, temos que trabalhar do mês de outubro a maio; já quanto ao abigeato, a solução é ter as gaiolas próximas a casa?, finaliza o extensionista.
Produtores que tiverem interesse na criação de tilápias em gaiolas devem procurar o escritório da Emater/RS-Ascar de Rio Pardo para obter orientações para o início da atividade.
Fonte: Portal Negócios