Rico em cálcio, proteínas e vitaminas, o leite é o alimento mais consumido do mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 589 milhões de toneladas do alimento são consumidas por ano. No Dia Internacional do Leite, saiba mais sobre a evolução da indústria leiteira
Rico em cálcio, proteínas e vitaminas, o leite é o alimento mais consumido do mundo, segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura. 589 milhões de toneladas do alimento puro ou seus derivados, como queijos, são consumidas por ano. Já no Brasil, de acordo com a Embrapa, o laticínio está entre os seis produtos mais consumidos pelos brasileiros. Neste 1º de junho, em que celebramos o Dia Internacional do Leite, vamos conhecer um pouco sobre a evolução do processo de produção desse alimento.
Aquele leite fresquinho que chega à mesa, pronto para consumo, utiliza atualmente muita tecnologia para ter uma produção mais efetiva e de alta qualidade. Equipamentos como sensores que auxiliam a identificar possíveis anormalidades, painéis de LED e até drones auxiliam no aumento e melhoria da produtividade, além do rigoroso controle de qualidade e maquinário de última geração nos parques fabris, que auxiliam a conservação do laticínio, higienização e até tomadas de decisão mais assertivas durante o processo de produção.
Desde a coleta até o transporte, a produção leiteira foi evoluindo com o passar do tempo, acompanhando as inovações tecnológicas pertinentes a cada época. Você conhece o processo de produção e envase do leite?
Veja abaixo alguns processos que mudaram com o tempo:
Processo de ordenha
O processo de ordenha é a retirada do leite puro das vacas. Mas o que antes era feito manualmente, hoje também pode ser feito com o apoio de máquinas, que tornam a atividade mais ágil e segura. Na ordenha manual, o leite é retirado pelas mãos do ordenhador e itens como balde, coador, filtro, tanque de refrigeração, peia e o banquinho são necessários para o procedimento. Já na ordenha mecânica, o leite é tirado através de um equipamento tecnológico que simula a “mamata” de um bezerro. Existem quatros tipos de ordenha mecânica: balde ao pé, canalizada linha alta; canalizada linha intermediária; e canalizada linha baixa.
Conservação
Segundo achados históricos durante os primeiros registros da produção leiteira no mundo, entre 8.000 a.C e 5.000 a.C, o processo de conservação do leite era muito difícil, portanto ele era consumido fresco ou em forma de queijo. Somente em 1834, com a chegada da Revolução Industrial, foi desenvolvido o método de pasteurização para auxiliar no armazenamento, durabilidade e higienização do laticínio. Hoje em dia, muitas fazendas já contam com tanques que armazenam o produto in natura a uma média de 4ºC, por até 48 horas, mantendo toda sua qualidade. Em tanques de imersão, a temperatura máxima deve ser de 7ºC.
Além disso, nas fábricas, o leite envasado em caixinhas, passa pelo método UHT, sigla em inglês para Ultra High Temperature, que consiste em submeter o produto, por um tempo muito curto, a uma temperatura entre 130°C e 150°C e imediatamente resfriá-los a uma temperatura inferior a 32°C. Esse processo de esterilização de alimentos garante mais durabilidade e segurança do produto.
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Transporte
O transporte do leite, por muito tempo, foi feito por vaqueiros em latões de aço e depois em galões de plásticos, que eram transportados em carroças ou mesmo no lombo de cavalos. Esses métodos foram usados por muito tempo para a venda do leite de porta em porta e até poucos anos atrás ainda era realizado em algumas cidades. Porém, essa forma de transporte esbarrava na dificuldade de se assegurar a higiene adequada para que o leite fosse consumido com segurança.
Com a chegada da Revolução Industrial, na Europa, em 1930, tornou-se possível transportar leite fresco da zona rural para as cidades, graças às técnicas de armazenamento que garantiam a durabilidade do alimento. Hoje, os avanços tecnológicos possibilitam a transferência de leite através de carros-tanques refrigerados e totalmente fechados, o que garante a segurança sanitária e a manutenção das propriedades do alimento. O presidente da Marajoara Laticínios, uma das maiores indústrias de laticínios do Centro-Oeste, localizada em Hidrolândia-GO, André Luiz Rodrigues Junqueira, destaca o quanto essa evolução foi importante. “Com todo o processo de transporte seguro e refrigerado; com rígido controle de segurança, temos a confiança de entregar um produto saudável e nutritivo para as famílias”, aponta.
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Embalagens
As primeiras embalagens de leite criadas que se tem conhecimento datam de 1880, na Inglaterra, e eram feitas de porcelana. Pouco resistentes e feitas manualmente, prejudicava o tempo da produção e o custo da mão de obra. Posteriormente, surgiram as primeiras garrafas de vidro, utilizadas para o armazenamento do leite. Similar às garrafas de refrigerantes que vemos hoje em dia, o líquido não durava muitos dias.
Hoje, as famosas embalagens “longa vida” estão em quase todas as prateleiras dos supermercados. Sustentável, garantem maior durabilidade do produto, sem nenhuma refrigeração, como explica Antônio Júnior Vilela, gerente industrial da Marajoara Laticínios. “As embalagens cartonadas, além de possibilitar armazenar o leite por meses, são embalagens totalmente assépticas, o que garante total segurança para o consumo do leite, sem risco de qualquer tipo de contaminação. Também são muito mais fáceis de serem transportadas, já que podem ser organizadas em grandes fardos”.
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