O mercado da soja em Mato Grosso segue com variações nos preços do farelo e do óleo, veja a seguir
Na última semana, o cenário do agro em Mato Grosso foi marcado por movimentações nos preços do farelo e do óleo de soja. Uma análise minuciosa revela desafios e oportunidades para os produtores.
O preço médio do farelo de soja sofreu uma desvalorização de 1,23% em relação à semana anterior, atingindo a marca de R$ 2.134,44/toneladas. Esse declínio é reflexo da queda no valor do subproduto em Chicago, que registrou uma redução de 1,42%, fechando a semana com uma média de US$ 459,17/toneladas.
Com os preparativos para a safra de soja, a demanda por diesel aumentou, levando as refinarias a ampliarem seus estoques para atender às futuras necessidades. Esse movimento proporcionou um suporte para a alta nos preços do óleo em Mato Grosso, que apresentou um acréscimo de 0,37%, atingindo uma média de R$ 4.519,92/toneladas.
É importante destacar que, mesmo com as oscilações semanais, os preços médios do farelo e do óleo de soja em Mato Grosso estão inferiores em relação ao mesmo período do ano passado, com desvalorizações significativas de 11,86% e 35,08%, respectivamente.
A semeadura da soja para a safra 2023/24 atingiu expressivos 98,39% das áreas previstas até o dia 24/11. Contudo, o clima quente e os longos períodos sem chuvas em diversos municípios do estado têm impactado negativamente no desenvolvimento das lavouras, observando-se o encurtamento do ciclo da soja em alguns talhões.
De acordo com o levantamento do Imea, estima-se que 4,19% dos 12,22 milhões de hectares previstos para a soja em Mato Grosso precisarão ser ressemeados. No entanto, a decisão de replantar dependerá de fatores como custos adicionais e, para alguns produtores, da alocação de parte da área para o cultivo de algodão em segunda safra, considerando os contratos já firmados.
Os preços da oleaginosa no estado de Mato Grosso valorizou 0,72% no comparativo semanal, fechando com média de R$ 120,93/sc. Para a tranquilidade dos produtores, segundo o NOAA, as precipitações para a próxima semana poderão alcançar volumes entre 35 e 45 mm na maior parte de Mato Grosso. Essa previsão promissora deve aliviar o estresse hídrico em diversas regiões, oferecendo um alento para o desenvolvimento saudável das plantações.
O setor agrícola em Mato Grosso, marcado por desafios e oscilações, evidencia a necessidade de estratégias por parte dos produtores. A busca por sustentabilidade e a habilidade de tomar decisões estratégicas diante das variáveis climáticas e do mercado serão cruciais para garantir o sucesso no universo do agro.
Na análise do Cepea diz, “As chuvas registradas no Centro-Oeste e Sudeste trouxeram certo alívio a sojicultores dessas regiões nos últimos dias. A semeadura da temporada 2023/24, que vinha avançando pouco por conta da falta de umidade e das altas temperaturas, passou a ganhar mais ritmo. Já na região Sul, o excesso de chuvas continua impedindo o avanço na semeadura. No geral, as atividades de campo estão atrasadas frente a anos anteriores. Em relação aos preços da soja em grão, a valorização dos derivados (óleo e farelo) e a cautela dos produtores em negociar o remanescente da safra 2022/23 continuam sustentando as cotações no mercado.“
Mineração e Agronegócio, uma aliança estratégica para o desenvolvimento sustentável
No quadro de Direito Ambiental desta semana, a Dra. Alessandra Panizi recebe o Dr. Tomás Figueiredo Filho, ex-diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), para uma discussão crucial sobre a relação entre mineração e agronegócio. A conversa destaca a importância dessas indústrias e explora a complexidade de conciliá-las para um desenvolvimento sustentável. Aperte o play no vídeo abaixo e confira!
Por Daniele Balieiro
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