Em relação à projeção do mês passado, houve um aumento de 4 milhões de toneladas
Impulsionada pela produção da soja e do milho, a Safra de Grãos 2020/2021 já está sendo considerada uma supersafra, com um volume recorde estimado de 272,3 milhões de toneladas. O número é 15,4 milhões de toneladas superior ao obtido em 2019/2020, crescimento total de 6%, segundo o 6º levantamento da Safra de Grãos 2020/21, divulgado nesta quinta-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“O agronegócio não poupou esforços para manter esses números de produção, o que é mais um recorde, todavia as dificuldades da pandemia. É um trabalho junto a todos os produtores, que têm grande capacidade técnica e preocupação com seus negócios cada vez mais visível”, salientou o diretor de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silvio Farnese.
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Já em relação à estimativa realizada no mês passado, houve um aumento de 4 milhões de toneladas, graças principalmente ao crescimento de 6,7% na área de plantio do milho segunda safra. A pesquisa de campo foi realizada na última semana de fevereiro.
A previsão para o cereal é de uma produção total recorde, com a possibilidade de superar em 5,4% a safra 2019/20 e atingir mais de 108 milhões de toneladas. O volume histórico deve-se à participação assim distribuída: 23,5 milhões de toneladas na primeira safra, 82,8 milhões na segunda e 1,8 milhão na terceira safra.
No caso da soja, a cultura vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. Nesta safra, há possibilidade de crescer 4,1% em relação ao ciclo passado, com uma área de 38,5 milhões de hectares e produção de 135,1 milhões de toneladas.
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O feijão também marca presença evolutiva e crescimento estimado de 1,6% na produção das três safras, totalizando 3,3 milhões de toneladas. A primeira está em fase final de colheita, já a segunda, em fase final de plantio. A terceira começa o plantio a partir da segunda quinzena de abril.
Já para o arroz, há uma redução de 1,9% na produção frente à safra anterior, com uma produção prevista de 11 milhões de toneladas. Pouco mais de 10 milhões de toneladas são colhidas em cultivo irrigado e 900 mil em sequeiro. O algodão segue na mesma linha, com redução de 14,5% na área cultivada e produção de 6,16 milhões de toneladas de algodão caroço, correspondendo a 2,5 milhões de toneladas de pluma. Para o amendoim, em melhor situação, o crescimento é de 2,7% na área total e produção estimada em 575 mil toneladas, 3,1% acima da obtida em 2019/20.
Área total
A área de plantio apresenta um aumento de 3,6% sobre a da safra anterior, estimada atualmente em 68,3 milhões de hectares. Após a colheita, principalmente da soja e do milho primeira safra, são plantadas as lavouras de segunda e terceira safras e as de inverno em sucessão, que totalizam cerca de 20 milhões de hectares.
Mercado de Grãos
Algodão em pluma continua com um cenário positivo no mercado internacional. Com isso, as exportações no acumulado de janeiro a fevereiro aumentaram 6,4% em relação ao último ano. No caso do milho, os embarques continuam lentos, com previsão de exportações em 35 milhões de toneladas para a safra atual, praticamente igual ao que foi observado para a safra 2019/2020. Para a soja, estima-se a venda de 86,1 milhões de toneladas, com aumento de 3,7% em relação ao último ano. Caso se confirme, será um recorde da série histórica.
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Já para o arroz, as exportações em fevereiro estão em ritmo menor, comparado ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, houve queda de 56% no volume exportado, ocasionada pelo menor nível de estoques em dezembro e baixa disponibilidade do produto no início deste ano.
AGRONEWS – Informação para quem produz