O movimento “Mais Amazonas, Menos Impostos”, iniciativa formada por ativistas e empresários pró-liberdade, em parceria com o Instituto Ajuricaba, promoverá nesta sexta (14), uma manhã de “Gasolina Sem Imposto” no Autoposto Ipiranga São Francisco, localizado próximo ao fórum Henock Reis.
Segundo Artur Fonseca, presidente do Instituto Ajuricaba, o objetivo da ação é conscientizar a população de que a principal razão do alto preço dos combustível é a grande alíquota de impostos estaduais e federais. “Atualmente cerca de 44% do preço da gasolina é formada por tributos, e isso onera principalmente o bolso dos mais pobres” afirma Fonseca.
Com o tema “O problema não é o posto, é imposto”, o movimento busca demonstrar que a insatisfação popular com o preço dos combustíveis é válida e que a redução dos tributos é um assunto urgente e necessário. O assunto foi trazido à tona na última semana após o presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido) “desafiar” os governadores a zerar o ICMS cobrado da gasolina (cuja média nacional é de 29% por litro).
“Nosso objetivo é que a população de Manaus saiba o quanto economizaria caso o peso dos impostos no preço da gasolina não fosse tão grande” afirmou Vivianne Santos, coordenadora regional do Students for Liberty Brasil. “Por isso, além da venda de combustível sem imposto, também haverá no local um trabalho de conscientização tributária para os pedestres e motoristas” finaliza a coordenadora.
Recorde de arrecadação
Em 2019, o governo do Amazonas arrecadou quase R$ 2,6 bilhões de reais a mais que o previsto. Segundo o deputado estadual Serafim Correa (PSB), o estado arrecada cerca de R$ 2 bilhões por ano somente com o ICMS cobrado dos combustíveis. Tal situação faz com que o Amazonas possua uma das gasolinas mais caras do Brasil.
Ainda em 2019, os impostos estaduais sobre o combustível chegaram a impressionantes R$ 584 bilhões, e representou quase 18% da arrecadação total do ICMS no país. No mesmo período, o governo federal arrecadou R$ 27,4 bilhões sobre os combustíveis através do PIS/COFINS e do CIDE.
Por: Marcus Pessoa – No Amazonas É Assim